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Meio Ambiente

Temperatura dos oceanos em 2023 foi a mais quente da história

Segundo UNESCO, taxa de aquecimento dos mares duplicou nos últimos 20 anos
03/06/2024 | 10h53

Um relatório sobre as mudanças nos oceanos do planeta, divulgado nesta segunda-feira (03) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), aponta que 2023 foi o ano mais quente já registrado para as temperaturas oceânicas.

As temperaturas dos oceanos tiveram um aumento médio de 1,45 °C acima dos níveis pré-industriais, permanecendo dentro das metas do Acordo de Paris de manter o aquecimento global abaixo de 2 °C.

Em alguns lugares, no entanto, esse aumento já ultrapassa os 2 °C, como no Mediterrâneo, no Oceano Atlântico Tropical e nos Oceanos Austrais.

A taxa de aquecimento dos mares duplicou nos últimos 20 anos. O nível do mar aumentou 9 cm ao longo de 30 anos, e a taxa de subida também duplicou nesse período.

Oceanos

O oceano perdeu 2% do seu oxigênio desde a década de 1960 (Foto: Agência Brasil)

De acordo com o relatório divulgado pela Unesco, o oceano perdeu 2% do seu oxigênio desde a década de 1960. A acidez aumentou 30% desde os tempos pré-industriais e pode atingir 170% até 2100, o que pode impactar a fauna e a flora marinhas.

Cerca de 36% da poluição química chega aos oceanos por meio de rios e cursos de água. Nos oceanos Atlântico e Índico, a principal fonte de plástico são as artes de pesca abandonadas ou descartadas. No restante do mundo, incluindo as águas profundas, são os plásticos de utilização única.

Brasil

A temperatura do oceano no Atlântico Sul e ao longo de toda a costa brasileira está cerca de 2 °C acima da média histórica. Esse aumento preocupa especialistas, uma vez que o oceano, cobrindo 70% do planeta, desempenha um papel crucial na regulação do clima global.

Segundo a Unesco, o aumento constante da temperatura oceânica contribuiu para uma série de catástrofes climáticas no Brasil nos últimos anos, especialmente chuvas intensas em várias regiões, como:

Sul da Bahia (dezembro de 2021), Petrópolis (RJ) (fevereiro de 2022), Recife (PE) (maio de 2022), litoral norte de São Paulo (fevereiro de 2023), Alagoas (julho de 2023), Angra dos Reis (dezembro de 2023) e Rio Grande do Sul (maio de 2024).

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