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Após temporal que causou 11 mortes no RJ, Paes decreta situação de emergência

Caíram em 24 horas sobre o bairro de Anchieta 264,4 mm de chuva — o que equivale a mais de 1 bilhão de litros de água
14/01/2024 | 14h01

O estado do Rio de Janeiro sofreu com um temporal que começou na tarde do sábado (13) e se estendeu pela noite. Na zona Norte da capital e cidades como Duque de Caxias, Belford Roxo, Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana, áreas ficaram alagadas. Em Rocha Miranda, os carros do batalhão da PM ficaram submersos (foto).

Seis pessoas morreram afogadas, duas soterradas, uma por descarga elétrica e duas por causa ainda não divulgada pelos bombeiros. Há pelo menos uma mulher desaparecida, após ser levada pelo rio Botas.

Os danos provocados pelas chuvas levaram o prefeito Eduardo Paes a decretar situação de emergência no município do Rio de Janeiro.

O bairro de Anchieta, na zona Norte do Rio, foi um dos mais afetados. Segundo dados da prefeitura, caíram em 24 horas sobre a área 264,4 mm de chuva — equivalendo a mais de 1 bilhão de litros de água sobre o bairro.

Os bombeiros atenderam a muitas ocorrências relacionadas às chuvas nas últimas 24 horas, em todo RJ, a maioria relacionada a salvamentos de pessoas e cortes de árvores.

Na Avenida Brasil, a principal via de ligação do Centro com as zonas Norte e Oeste, além da Baixada Fluminense, os carros ficaram submersos em vários pontos.

Bairros como Anchieta, Pavuna e Irajá sofreram com a cheia do Rio Acari e as ruas ficaram debaixo d’água. “Meu pedido é para que as pessoas evitem se deslocar pela Avenida Brasil”, disse o prefeito Eduardo Paes, em vídeo divulgado às 7h de hoje.

A favela de Acari, considerada a mais pobre do Rio, teve muitos barracos invadidos pela água.

Segundo informou a Prefeitura de Niterói, a cidade teve o recorde histórico de 120,2 mm de chuva em 1h e ficou em estado de alerta.

Com o temporal na Baixada Fluminense, os problemas também apareceram na Rodovia Washington Luís, na altura da Refinaria Duque de Caxias (Reduc) com retenção por causa de um bolsão d’água.

Em Duque de Caxias, nos bairros Pilar e Amapá, várias ruas ficaram alagadas. No Jardim Primavera, a água subiu e cobriu veículos que estavam estacionados na rua.

A Prefeitura de Caxias informou que alagamentos foram registrados em 4 distritos e 14 sirenes foram acionadas.

O Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ) informou que está acompanhando as condições meteorológicas e os níveis pluviométricos em todo o território fluminense, enviando alertas para os municípios quando necessário.

“O risco hidrológico é alto ou muito alto na capital, nas Regiões Metropolitana, Serrana, Sul, Costa Verde e na Baixada Fluminense, com perigo de alagamentos e inundações no Rio de Janeiro, em São Gonçalo, Petrópolis, Teresópolis, Japeri, Queimados, Seropédica, Paraty, Duque de Caxias, Mesquita, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis e Nova Iguaçu. No restante do Estado, o risco é baixo a moderado”, informou o órgão em boletim emitido às 20h30 deste sábado.

Veja as imagens:

Acari

Pátio da PRF (Pavuna)

Favela de Acari

Avenida Brasil

São João de Meriti

Favela de Acari

Fazenda Botafogo (próximo a Acari)

Avenida Brasil

Nova Iguaçu

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