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Termina a greve de 69 dias dos professores de universidades federais

Docentes chegaram à conclusão que o governo não iria conceder o reajuste pedido para este ano
23/06/2024 | 16h45

Reunido em Brasília neste fim de semana, o comando nacional da greve dos professores de universidades públicas decidiu assinar o termo de acordo apresentado pelo governo federal e encerrar a paralisação até o dia 3 de julho. O acordo será assinado em 26 de junho.

Foram registrados 33 votos a favor do encerramento do movimento e 22 contra.

Os docentes chegaram à conclusão que o governo não iria conceder o reajuste pedido para este ano, e a greve teria como única consequência prejudicar os estudantes.

Uma parte dos servidores das universidades já havia decidido abandonar a greve na última semana. Até a noite de sexta-feira (21), docentes de instituições como UnB (Universidade de Brasília), UFPR (Universidade Federal do Paraná), UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e UFMA (Universidade Federal do Maranhão) e Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) decidiram retornar às salas de aula.

Professores e técnicos de institutos também encerram greve

Antes de os docentes das universidades tomarem pública sua decisão, professores e servidores técnico-administrativos de institutos federais já tinham anunciado neste domingo (23) encerrar a greve iniciada há mais de dois meses. Em assembleia à tarde, o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais na Educação Básica, Profissional e Tecnológica) comunicou o fim da greve.

A greve terminou depois que Lula fez movimentos de aproximação com a categoria. Nas últimas semanas, o presidente realizou um encontro com reitores, escutou suas demandas e prometeu agir. Depois, o governo anunciou um pacote de investimento nas universidades e fez, por meio do Ministério da Gestão, nova proposta para o encerramento da greve.

O governo ofereceu, por exemplo, a revogação da portaria 983, que amplia a carga horária dos docentes. Também foi prometida a criação de um grupo permanente de trabalho para discutir a restruturação da carreira acadêmica.

Mas  não foi apresentada proposta de reajuste salarial ainda em 2024. Por isso, o Andes ficou contrariado e inclinado a continuar a paralisação, mas convocou assembleias nas universidades para discutir os termos do governo. Nessas reuniões, a maioria dos professores decidiu encerrar a greve.

 

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