O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi alvo, no último 16 de abril, de novo ataque hacker. Foram movimentados indevidamente R$ 1,2 milhão que seriam destinados a uma empresa terceirizada de Tecnologia da Informação.
A nova despesa faz o TSE acumular desvios de R$ 15,2 milhões — apenas R$ 2 milhões foram recuperados até o momento.
Segundo o jornal Estado de São Paulo, o recente desvio envolveu a transferência de fundos para três contas bancárias não relacionadas ao fornecedor legítimo. Há suspeitas de que informações pessoais e empresariais foram utilizadas indevidamente para facilitar essas transações.
Em um dos casos, uma conta em Paulínia–SP recebeu R$ 900 mil, mas o suposto titular, residente em Belo Horizonte, devolveu o valor após detectar irregularidades. Outros montantes foram enviados para contas em São Paulo e Brasília, totalizando R$ 290 mil.
As transações teriam sido realizadas via Pix, o que permitiria que os fundos fossem transferidos instantaneamente. Ao mesmo tempo, houve também tentativas de transferir R$ 690 mil para outras contas, mas que foram bloqueadas pelo Banco Central. O caso está sob investigação da Polícia Federal e é mantido em sigilo.
O TSE confirmou o desvio, mas o Ministério da Gestão não quis comentar sobre o assunto. Já a Secretaria do Tesouro Nacional assegurou que, apesar do acesso irregular às credenciais do Siafi, a segurança do sistema não foi comprometida.
TSE: Siafi
O Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), do Tesouro Nacional, foi alvo de invasão neste mês de abril. Segundo as investigações, os autores do ataque são suspeitos de terem conseguido emitir ordens bancárias e desviar recursos da União.
A Polícia Federal investiga o caso e busca rastrear as movimentações dos hackers. As investigações, que têm apoio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), apontam que, além da autenticação de usuários ter sido atacada, os próprios gestores do Siafi tiveram seus acessos usados pelos invasores.
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