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‘Vale a pena ter CPI?’, questiona Arthur Maia, após Mendonça permitir que depoente falte

Ministro do STF decidiu sozinho que Osmar Crivellati, assessor de Bolsonaro, não precisaria ir à CPMI. E ainda se fosse, o militar poderia ficar em silêncio, definiu Mendonça.
19/09/2023 | 10h16

O deputado Arthur Maia (União-BA), que preside a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, questionou nesta teça-feira (19) se os trabalhos dos parlamentares merecem continuar diante do que classificou como “desrespeito” com o grupo.

A fala de Maia tem relação direta com a decisão monocrática do ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça, permitindo que um assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro não comparecesse à CPMI. Mendonça foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para a Corte, assim como o também ministro Kassio Nunes Marques.

“Essa decisão monocrática ela é sabidamente provisória, mas no caso nós temos uma provisoriedade que liquida a nossa pretensão. Porque a CPI vai terminar no dia 12 de outubro (sic), se o ministro não leva a sua decisão monocrática pra ser submetida ao plenário até o dia 17 de outubro, então não tem recurso pra gente. (…) Eu penso que nesse momento a gente tem que pensar se vale a pena ter CPI. Se uma CPI tão desrespeitada merece continuar. Desrespeitada por ordens monocráticas de determinados juízes”, indagou Maia.

Os parlamentares pretendiam ouvir nesta terça o tenente do Exército Osmar Crivellati, que atualmente assessora Bolsonaro. Entretanto, o ministro André Mendonça atendeu a pedido da defesa de Crivellati e vetou a ida compulsória dele à comissão. A decisão também garantiu ao militar o direito de permanecer em silêncio, caso ele optasse por ir à CPMI.

Crivellati também é suspeito de envolvimento no esquema de venda ilegal de joias que foram dadas de presente à Presidência da República.

Heloisa Villela, ICL Notícias

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