O governo da Venezuela expulsou nesta segunda-feira (29) o corpo diplomático de sete países que contestaram o resultado das eleições presidenciais ocorridas neste domingo (28). A carta com a expulsão foi publicada pelo ministro das Relações Exteriores Yván Gil Pinto.
A expulsão ocorreu logo depois do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter proclamado Nicolás Maduro como novo presidente da Venezuela. Foram expulsos os diplomatas da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.
Segundo o CNE, Maduro teve 51,2% dos votos válidos, contra 44,2% de Edmundo González. As atas das eleições, no entanto, não foram divulgadas e site do Conselho está fora do ar.
“O país rejeita as ações e declarações de um grupo de governos de direita, subordinados a Washington e comprometidos abertamente com ideologias sórdidas do fascismo internacional”, afirmou Yván Gil Pinto.
Oposição questiona eleições na Venezuela
A oposição a Maduro, no entanto, não aceitou o resultado do CNE. María Corina Machado reivindicou a vitória do candidato, Edmundo González.
Ela chegou a afirmar – sem apresentar provas — que Edmundo Gonzáles Urrutia “obteve 70% dos votos e Nicolás Maduro 30%. Esta é a verdade”.
Brasil
O Itamaraty divulgou nota na manhã desta segunda-feira (29) sobre as eleições de na Venezuela. Sem cumprimentar Nicolás Maduro, declarado reeleito para o terceiro mandato pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o texto do governo brasileiro afirma que “acompanha com atenção o processo de apuração”.
Entre os observadores internacionais está também na Venezuela o assessor para Assuntos Internacional da Presidência da República, Celso Amorim.
Amorim, que chegou ao país antes da votação e acompanhou as eleições no domingo (28), elogiou a “participação expressiva” dos eleitores antes de começarem a ser divulgados os resultados.
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