Youtuber tenta atrapalhar 1º dia de aula na UnB, mas é expulso por estudantes

No primeiro dia do ano letivo da UnB (Universidade de Brasília), o youtuber Wilker Leão, de 29 anos, foi até o campus Darcy Ribeiro na tentativa de causar confusão. Leão queria atrapalhar a volta às aulas, mas acabou virando alvo de protestos e foi embora do instituição escorraçado.

Wilker havia levado equipamentos de filmagem para registrar a instituição, mas foi surpreendido com os protestos contra ele. A desavença dos estudantes com o youtuber se deve ao histórico de Wilker, que ganhou destaque na internet por interromper aulas constrangendo professores.

A reitora da UnB, Rozana Reigota Naves, assinou uma suspensão cautelar contra o Wilker na manhã da última segunda-feira (24). Essa decisão afasta o aluno de todas as disciplinas em que está matriculado, assim como o impede de frequentar as dependências da instituição. O youtuber tem um prazo de 10 dias para se manifestar a respeito do despacho.

Por meio de nota, a UnB informou que a medida cautelar de suspensão temporária de Wilker Leão de Sá foi adotada conforme previsto na legislação vigente e com fundamento nos princípios da legalidade, da proteção da comunidade acadêmica e do regular andamento processual.

Nas redes sociais, Wilker se manifestou sobre a suspensão. “O processo foi feito sem sequer me dar direito ao contraditório e à ampla defesa”, reclamou.

Histórico do youtuber

Wilker ganhou notoriedade em 2022, com seu canal no YouTube — que hoje tem 905 mil inscritos –, quando se envolveu em confusão com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em frente ao Palácio da Alvorada.

As confusões de Wilker coma UnB tiveram início em agosto de 2024, quando uma professora registrou boletim de ocorrência acusando o influenciador de gravar as aulas e postar trechos fora de contexto. Em setembro, Wilker foi acusado de vazar dados pessoais de colegas da universidade, e de incentivar seus seguidores a praticarem invasões e agressões contra os estudantes.

Em dezembro de 2024, o jovem foi afastado por mais 60 dias da UnB, após gravar aulas sem a autorização dos professores, com o objetivo de tumultuar.