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Membros da PMDF teriam destruído relatório de inteligência sobre 8/1

Documento revela que papeis foram inutilizados antes mesmo de serem lidos por superiores
20/02/2024 | 10h53

Por Cleber Lourenço — O Cafezinho

Um documento obtido pelo site O Cafezinho revela que a defesa do coronel Klepter Rosa Gonçalves, que era subcomandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) durante o 8 de Janeiro, indica que um membro da cúpula da corporação teria destruído o Relatório de inteligência (Relint) 06/2023.

A acusação seria uma resposta à alegação de que o relint teria sido difundido com o Gabinete da Secretaria de Segurança Pública do DF e também com a Subsecretaria de Operações Integradas da SSP. Porém, segundo o documento enviado pela defesa do coronel, nem o então Secretário Executivo, Delegado Fernando de Souza Oliveira, nem a atual Subsecretária Coronel Cintia Queiroz de Castro, leram o documento.

A própria Cíntia, durante um depoimento em um Inquérito Policial Militar (IPM), também obtido com exclusividade, declarou que não chegou a ler o relatório em questão.

A difusão dos relints é uma atribuição da subsecretaria que é responsável por difundir o relatório de inteligência aos demais órgãos, como PMDF, Câmara, Senado e outros. Mas, como é possível notar pelo depoimento da própria Cíntia, ela sequer soube o teor do material que era responsável por difundir e que se recusou a ler.

Segundo fontes consultadas pela coluna, na própria corregedoria da PMDF afirmam que houve a destruição de um material e que o nome do responsável estaria sob sigilo, assim como todo o IPM número 20023.0008.04.0013. Ao que tudo indica, o documento teria sido destruído por dois membros da cúpula da Secretaria de Segurança Pública do DF na ocasião.

Coronel Klepter Rosa Gonçalves é um dos sete oficiais da PMDF que integravam a cúpula da corporação no dia dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e que foram acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de não terem agido para evitar a invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília (crimes omissivos impróprios de delitos de resultado).

Em fevereiro do mesmo ano, Klepter foi promovido e se tornou comandante-geral da PMDF até ser preso em agosto de 2023 durante uma operação da Polícia Federal.

 

*Esta matéria é de autoria de site parceiro, que se responsabiliza pelo conteúdo publicado.

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