Alvo de críticas desde que foi lançado nos Estados Unidos, o filme “Som da Liberdade” está chamando a atenção no Brasil por fatores que nada têm a ver com a arte cinematográfica. Desde o lançamento nas salas americanas, a obra tem sido associada à extrema-direita, e teve uma sessão especial para o ex-presidente Donald Trump. Ao lado de Trump estavam dois atores do filme que são ligados ao grupo extremista Q-Anon, um dos núcleos mundiais de difusão de fake news e teorias da conspiração.
No Brasil, o filme foi o mais assistido do país no fim de semana de 23 e 24 de setembro, graças a distribuição gratuita de ingressos entre evangélicos e policiais militares. Nesses dois dias, passaram pelas salas que exibiam “Som da Liberdade” cerca de 240 mil pessoas.
Em Santa Catarina, PMs do curso de formação de sargentos foram levados para assistir o filme e lotaram a sala de um shopping de Florianópolis.
“A Polícia Militar, em parceria com o shopping Villa Romana, trouxe todos os policiais do curso de formação de sargentos para prestigiar a estreia do filme ‘Som da Liberdade’, que aborda o tema do tráfico internacional de crianças”, diz uma policial militar, à frente de uma multidão de fardados, em vídeo que circulou nas redes”.
O longa ficou conhecido nos EUA como um “blockbuster de direita”. Além de Donald Trump, foiprestigiado por Elon Musk, e recebeu fortes críticas dos democratas. Para a esquerda americana, o filme tem a intenção de favorecer teorias de conspiração de direita.
No Brasil, a pré-estreia teve a presença de Eduardo e Flávio Bolsonaro, Damares Alves e Carla Zambelli.
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