Proprietário da Eagle Football Holdings, que adquiriu a SF do Botafogo, John Textor foi personagem de uma série de quatro reportagens escrita e apurada pelo jornalista Lúcio de Castro e publicada no portal ICL Notícias. Somente hoje, cinco dias após a veiculação da última matéria, Textor emitiu em seu site comentários sobre as informações publicadas, apesar de anteriormente ter sido insistentemente procurado pelo repórter..
O ICL Notícias publica a seguir, na íntegra, o texto do proprietário da SAF do Botafogo.
Como o posicionamento de Textor contém acusações contra Lúcio de Castro, publicamos também, logo depois, uma nota de esclarecimento do jornalista.
“27 de agosto de 2024
Resposta pública à maldade do torcedor e jornalista do Flamengo, Sr. Lucio de Castro
As informações abaixo são fornecidas em resposta a uma série de quatro artigos, escritos pelo jornalista investigativo Sr. Lucio de Castro, que são claramente escritos com a intenção maliciosa de prejudicar a reputação do Sr. Textor e o trabalho que ele e sua empresa estão fazendo para trazer mudanças positivas ao futebol no Brasil.
O Sr. Textor escolheu desafiar forças poderosas no Brasil, melhorar os padrões de governança e acabar com práticas de corrupção, ao mesmo tempo em que restabeleceu o Botafogo entre os principais clubes do Brasil e da América do Sul. Está claro que uma grande maioria dos entusiastas do futebol, de todas as partes do Brasil, apoiam a lei SAF que convidou o Sr. Textor e outros a contribuir para a modernização do futebol brasileiro — mas está igualmente claro que os defensores do status quo estão dispostos a fazer qualquer coisa para impedir que o Sr. Textor, e outros como ele, tenham sucesso no Brasil.
Não está claro se a campanha de difamação lançada pelo Sr. de Castro vem de sua perspectiva como um torcedor emocional e fanático do Flamengo, ou se vem de um lugar mais obscuro, inspirado pelos alvos da cruzada pública do Sr. Textor contra a corrupção. A única coisa da qual podemos ter certeza é que o Sr. Castro não agiu como um jornalista independente neste projeto, em busca da verdade. Ele não fez nenhum esforço razoável para entrevistar seu personagem, o Sr. Textor, que está entre os líderes mais acessíveis do mundo do futebol. Ele conseguiu escrever uma série de quatro partes, alegando ter descoberto evidências bombásticas do lado obscuro de seu personagem, tudo sem alertar nenhuma das pessoas de relações públicas na organização do Sr. Textor de que tal exposição estava em preparação — prova positiva de que o Sr. de Castro tinha intenção maliciosa.
O Sr. de Castro tem uma reputação confiável, tanto quanto qualquer repórter investigativo excessivamente zeloso poderia ter — mas parece que sua reputação de reportagem investigativa honesta chegou ao fim. Sua decisão de fabricar uma “matéria de ataque” de quatro partes, apoiada em assassinato de reputação e histórias de oligarcas russos, certamente será um momento decisivo em sua carreira. A motivação para essa escolha limitadora de carreira poderá nunca ser conhecida.
O que se sabe é que ele será convidado a se explicar, em tribunais de justiça, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Até hoje, 27 de agosto, ele foi processado em tribunal por difamação criminal e calúnia. Medidas semelhantes de justiça serão iniciadas nos Estados Unidos nas próximas semanas. Os réus nessas questões incluirão o Sr. de Castro, como autor, bem como seus publishers e editores. Os editores e vários jornalistas do UOL também serão responsabilizados por seus esforços coordenados (alimentados por repetidas declarações falsas e difamatórias) para desacreditar os esforços anticorrupção,
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AVISO LEGAL:
À luz das graves imprecisões e intenções maliciosas dos artigos publicados pelo Sr. de Castro, e da facilidade com que jornalistas irresponsáveis (no futuro) simplesmente republicarão essas informações incorretas sem fontes independentes e equilíbrio jornalístico, todas as empresas de mídia, jornalistas, blogueiros e influenciadores de mídia social devem estar cientes de que serão responsabilizados diretamente por seu envolvimento na propagação de difamação e calúnia.
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O trabalho do Sr. de Castro é intencionalmente enganoso
O Sr. Castro alega ter se proposto a contar a história real de ‘John Textor’, pois ele expõe uma história de litígios corporativos e ‘altos e baixos’ de negócios — mas quando ele fala de litígios, ele enganosamente escolhe exibir as alegações, embora também deva saber pelos autos do tribunal que tais alegações foram provadas falsas. O Sr. Castor, portanto, escolheu esconder de seus leitores que tais processos foram resolvidos em favor do Sr. Textor.
O Sr. Castor também mostrou que fez pesquisas suficientes sobre o Sr. Textor para saber que o Sr. Textor está há muito tempo envolvido no mundo de “alto risco e alto retorno” das startups de tecnologia, onde fracassos empresariais são tão comuns quanto sucessos empresariais — mas o Sr. Castor escolhe ignorar uma vida inteira de sucessos empresariais e contribuições filantrópicas para reescrever a história, usando todas as declarações caluniosas que puder encontrar, de qualquer fonte anônima ou indiciada, e infligir o máximo de dano possível ao seu personagem, o Sr. Textor. Todo mundo sabe como é uma “matéria de impacto”, e o Sr. de Castro, por meio de sua exposição desonesta e antiética em quatro partes, agora sacrificou sua reputação em favor de seus motivos sinistros e questionáveis. Simplificando, ele perdeu sua cabeça de (torcedor do) Flamengo e agora será responsabilizado legalmente.
O que o Sr. de Castro encontrou?
Nada que já não tenha sido divulgado, debatido e reconciliado no sistema judicial dos EUA, ou na página pública da Wikipedia do Sr. Textor, ao longo de muitos anos. O Sr. de Castro literalmente não descobriu nada, e não provou nada, além de sua capacidade de conduzir pesquisas superficiais no Google, provando também sua incrível falta de interesse na verdade. Ele reciclou notícias antigas, que não levaram a nada, que estavam à vista de todos por anos, e publicou isso reciclado de uma maneira que pareceria uma nova investigação.
Ele também provou que descartaria e ocultaria de seus leitores qualquer informação que apoiasse uma narrativa diferente, mesmo quando alegações falsas fossem provadas falsas. Um grande exemplo é visto em sua forte dependência de um processo que fez alegações sensacionais de ‘Esquemas Ponzi’. Quando o Sr. de Castro percebeu que tal processo terminou com o autor (que fez tais alegações falsas) tendo que pagar quase US$ 10 milhões em dinheiro para mim, e ainda mais em ativos, o Sr. de Castro tentou sugerir que eu joguei o sistema, antieticamente, e “fiquei ainda mais rico”. O fato é que, nos Estados Unidos, os tribunais dos EUA não forçam os governos estaduais a pagar indenizações multimilionárias a pessoas que fizeram algo errado.
Como o Sr. de Castro deve ter lido nos autos do processo, até mesmo o advogado que aceitou dinheiro de forma antiética para protocolar as falsas alegações me disse, apenas alguns meses antes, quando me pediu para contratar seu escritório: “…Na minha opinião, este caso é tanto sobre a reivindicação da sua [do Sr. Textor] reputação profissional, quanto sobre uma oportunidade de fazer com que os verdadeiramente responsáveis respondam por sua conduta ilícita.”
Imunidade de litígio (e abuso de processo) nos Estados Unidos
É bem sabido por todos os observadores internacionais que o litígio nos Estados Unidos pode ser extremamente agressivo e o registro de reivindicações frívolas é bastante comum. O que a maioria das pessoas não sabe é que as proteções básicas contra calúnia, difamação e difamação, que previnem ataques maliciosos à reputação de pessoas em ambientes públicos, não se aplicam em litígios. Na verdade, por causa de algo chamado “imunidade de litígio”, declarações caluniosas e difamatórias que não podem ser legalmente ditas ou escritas sobre uma pessoa em um fórum público podem ser escritas em processos judiciais, independentemente de haver ou não alguma verdade em tais reivindicações. Como resultado, a difamação se tornou uma arma de extorsão legalmente permitida, usada por advogados e demandantes antiéticos, para coagir os réus a pagar valores de acordo, simplesmente porque eles querem evitar o constrangimento de falsas alegações em processos judiciais.
Descoberta do Sr. de Castro: Processos judiciais desonestos usados como armas para ganhos políticos e financeiros
Na Parte Um de sua série, o Sr. de Castro escolheu destacar dois processos separados que foram movidos por advogados que sabiam que seus processos não poderiam ser vencidos, fazendo alegações sensacionalistas e falsas que foram projetadas para obter manchetes, envergonhar os réus e obter vitórias políticas ou induzir pagamentos de acordos financeiros. O que esses advogados não esperavam é que o Sr. Textor revidaria, provaria que suas alegações eram falsas e forçaria seus clientes a pagar por suas táticas extorsivas.
Estado da Flórida vs Digital Domain
- Ação judicial movida pelo governador Rick Scott, depois que o Florida Inspector General já havia emitido um relatório final e “não encontrou nenhuma violação aparente de lei, regra ou regulamento na concessão de fundos de incentivo econômico de US$ 20 milhões à Digital Domain em 2009”. NOTA: O Sr. Castro fez referência a elementos do Relatório do Inspetor Geral, mas enganosamente omitiu a conclusão acima que confirmou nenhuma irregularidade do Sr. Textor.
- O processo foi aberto puramente para obter uma vantagem política sobre o governador anterior Charlie Crist, que aprovou a concessão da bolsa para a Digital Domain, e que também estava anteriormente vinculado ao doador Scott Rothstein, um criminoso condenado por “Esquema Ponzi” — portanto, o uso desonesto da palavra Esquema Ponzi, introduzido em uma discussão sobre o negócio válido e estabelecido da Digital Domain. Até mesmo os advogados do governador Scott haviam dito anteriormente que “os fatos justificariam Textor”.
- O Sr. de Castro sabe que os demandantes foram forçados a pagar um acordo multimilionário a Textor, mas novamente ele escolheu esconder (ou obscurecer) essa verdade de seus leitores.
Omissão importante: o Sr. de Castro escolheu não compartilhar com vocês uma linguagem importante do relatório final do juiz presidente da mediação de ‘todas as partes’, principalmente porque isentou completamente o Sr. Textor de todas as alegações de atos ilícitos. Veja abaixo um trecho do relatório final do Juiz Bruce Greer , arquivado em 15 de abril de 2016:
“Como mediador global, ouvi as partes presentes ou seus advogados, às vezes em sessões conjuntas, mas frequentemente em sessões individuais. As partes que participaram de sessões de mediação comigo enviaram extensas declarações de mediação estabelecendo suas respectivas posições sobre as várias reivindicações, defesas e reconvenções, e também li os autos judiciais pertinentes e outros documentos relacionados à DDMG. Com base nessas comunicações e atividades, e minha revisão dos fatos e circunstâncias que cercam a falência da DDMG, posso confirmar que não houve nenhuma descoberta de fato de que os diretores e executivos da DDMG, ou qualquer outra parte, violaram a lei ou enganaram investidores, credores ou agências e entidades governamentais. Isso é consistente com o relatório do Inspetor Geral Chefe da Flórida, que conduziu uma investigação de seis meses para revisar o processo que levou às concessões e incentivos comerciais da DDMG. No final da investigação, a Inspetora Geral emitiu um relatório no qual declarou que seu escritório “não encontrou violações aparentes de lei, regra ou regulamento na concessão de fundos de incentivo econômico de US$ 20 milhões à Digital Domain em 2009”. Relatório do Gabinete do Inspetor Geral Chefe da Flórida, pág. 16 (26 de março de 2013).
Também observo que, dos vários processos que foram movidos após a falência da DDMG, apenas um deles prosseguiu o suficiente para que o tribunal decidisse sobre a adequação das reivindicações e alegações; os processos restantes foram suspensos enquanto as partes se envolviam em negociações de acordo. Esse caso foi movido no Tribunal Estadual de Nova York por dois investidores que alegaram que foram enganados e estavam tentando recuperar seus investimentos. Veja Iroquois Master Fund Ltd. et al. v. John C. Textor et al., Caso nº 651788-2013 (NY Sup. Ct.). Os réus, que incluíam o Sr. Textor e os Diretores e Executivos da DDMG, moveram para rejeitar todas as reivindicações alegadas pelos dois investidores. Em uma longa ordem assinada em 9 de janeiro de 2015, o tribunal deferiu a moção e indeferiu as reivindicações contra os Diretores e Executivos da DDMG. O tribunal explicou que os investidores não haviam afirmado uma reivindicação viável porque eles “concederam a precisão dos relatórios financeiros da DDMG”. O tribunal também observou que “nenhuma deturpação de fatos materiais pode ser atribuída aqui aos Inside Directors. Portanto, os autores falharam em declarar uma causa de ação por fraude contra eles”.
Link para publicação das conclusões do Supremo Tribunal
Pergunta: se o Sr. de Castro está tentando informar seus leitores sobre um episódio importante no passado do Sr. Textor, por que ele enfatizaria fortemente as alegações sensacionalistas do litígio, sem relatar o resultado final e a determinação de dois juízes diferentes envolvidos no assunto, que confirmaram a integridade e a veracidade da equipe de gestão liderada por Textor? Por que o Sr. de Castro não destacaria os motivos pelos quais o Sr. Textor recebeu um acordo multimilionário? Por que ele não mencionaria, como todos os documentos da SEC no assunto Facebank/fuboTV revelam, que o Sr. Textor se recuperou desse episódio difícil e usou o prêmio de tecnologia que recebeu no acordo para criar uma nova empresa que valeria mais de US$ 9 bilhões? Está claro que a integridade e a determinação do Sr. Textor, que levaram a um resultado positivo, não eram do interesse do Sr. de Castro e de sua intenção maliciosa.
Holotrack vs Pulse Evolution
- Ação judicial movida por investidores bilionários suíços como parte de uma estratégia para assumir o projeto de animação humana/holograma do ABBA
- 100% das transações financeiras da Pulse Evolution foram auditadas e comprovadas como pagamentos comerciais legítimos.
- O Sr. de Castro desonestamente aponta para pagamentos do negócio para contas pessoais da Textor, todos os quais foram provados como apropriados, uma vez que a família Textor serviu como financiadora primária da (credores da) empresa. O Sr. de Castro apenas publica alegações falsas e não publica respostas detalhadas na moção de arquivamento pública para rejeitar. O Sr. de Castro também, sem conhecimento, sugere que o processo foi resolvido com pagamentos, quando nenhum pagamento foi feito por nenhuma das partes, pois o assunto foi rejeitado. Todos os acionistas da Holotrack, ao entender melhor os fatos, converteram suas ações da Pulse Evolution na nova empresa do Sr. Textor, finalmente realizando lucros significativos com o sucesso do Sr. Textor com o Facebank/fuboTV.
- O Sr. de Castro afirma que não houve holograma de Michael Jackson , ignorando as evidências globalmente óbvias de que o holograma de Michael Jackson foi um grande sucesso.
- O Sr. de Castro alega que não houve nenhum show holográfico do ABBA, ignorando claramente o fato de que o ABBA Voyage , lançado inicialmente pela liderança de efeitos visuais do Sr. Textor e Pulse Evolution , ainda é apresentado todas as noites em Londres, como um dos shows teatrais de maior sucesso na cidade.
- O Sr. de Castro ignora os registros públicos da US Securities and Exchange mostrando que a Pulse Evolution (bem depois de sua renúncia da Pulse em 2017) foi finalmente adquirida pela nova empresa do Sr. Textor, a Recall Studios, em 2018, e o Sr. Textor desenvolveu ainda mais a tecnologia da Pulse Evolution, levando finalmente ao bem-sucedido Facebank/fuboTV, que atingiu uma avaliação máxima de mais de US$ 9 bilhões. Dezenas de investidores da Pulse Evolution, que escolheram seguir o Sr. Textor, ganharam mais de US$ 1 bilhão em troca de seu investimento inicial de menos de US$ 40 milhões.
- O Sr. Castro não pesquisa adequadamente o resultado deste litígio, ignorando as respostas do Sr. Textor e também ignorando que esta ação foi, mais uma vez, outra ação frívola que resultou no pagamento de dinheiro ao Sr. Textor como compensação pelas reivindicações injustas do autor.
A falsa conexão russa e a maior decepção do Sr. de Castro
A acusação feita pelo Sr. de Castro contra qualquer russo é racista e repreensível, e sua tentativa de vincular o Sr. Textor a russos nefastos é irresponsável, caluniosa e passível de ação judicial tanto nos tribunais dos EUA quanto do Brasil.
- Sergey Skaterschikov: tudo isso é baseado no relacionamento relativamente recente do Sr. Textor com o Sr. Skaterschikov, que Textor acredita ser uma boa pessoa e um banqueiro de investimentos extremamente capaz. O Sr. Textor não tem conhecimento de todo o seu passado, embora o Sr. Skaterschikov tenha sido extremamente útil para os negócios de Textor, principalmente como consultor de banco de investimentos. O Sr. de Castro sabe muito bem que há muitas pessoas boas, de origem russa, que têm laços com vários líderes russos. É uma prática repugnante pintá-los todos com o mesmo pincel, e uma prática ainda pior indiciar um investidor americano em uma campanha de difamação por laços com a Rússia que não existem.
- O Sr. de Castro, se tivesse realmente lido sua própria pesquisa, veria que o Sr. Skaterschikov era na verdade um adversário do Sr. Textor no processo original da Holotrack. Na verdade, quando ele percebeu que as alegações feitas pelo bilionário suíço eram falsas, ele voluntariamente formou um relacionamento positivo com o Sr. Textor, levando a um sucesso futuro significativo para milhares de investidores do Facebank/fuboTV.
- O Sr. Textor pode continuar a usar o IndexAtlas como consultor financeiro sempre que e onde for apropriado, sem se preocupar com o fato de o Sr. Skaterschikov ser originário da Rússia.
- Facebank AG: O Sr. de Castro pode ter provado que não é qualificado para ler documentos legais ou financeiros. A relação entre o Facebank do Sr. Textor e o Facebank AG é clara e distinta. O Facebank/fuboTV adquiriu uma empresa na Europa que incluía vários negócios respeitados de processamento de pagamentos, Asknet e Nexway, juntamente com alguns outros negócios fracassados (como Paddle8). Esse negócio era conhecido por um nome diferente, e a escolha foi renomeá-lo para Facebank AG, em antecipação à aquisição dessa empresa europeia pelo Facebank/fuboTV. É simples assim. É explicado e auditado, como parte dos registros da SEC do Facebank/fuboTV, e nunca houve uma controvérsia associada a essa transação (além das acusações racistas do Sr. de Castro).
- Bernhard Burgener: O Sr. de Castro falha em reconhecer que o Sr. Burgener foi por muitos anos, e ainda é, um respeitado empresário que é dono da Team Marketing, que por 20 anos foi responsável (globalmente) pelo incrível crescimento de marketing e arrecadação de receita da UEFA Champions League e da UEFA Europa League. Ele ainda controla esses direitos em toda a Europa, além de sua propriedade de muitos outros negócios. O Sr. Textor e o Sr. Burgener tiveram um breve desentendimento, em conexão com a confusão do Holotrack, mas eles se reuniram amigavelmente no Facebank/fuboTV e continuam amigos até hoje.
- Alexander Studhalter: O Sr. de Castro apenas joga lama, neste caso, pois não tem evidências de que Textor já tenha conhecido ou tido algo a ver com o Sr. Studhalter. Na verdade, o Sr. Textor não tem nenhuma conexão com o Sr. Studhalter, que é apenas um investidor em um dos negócios do Sr. Burgener. O Sr. Castor também deixou de mencionar que o Sr. Studhalter (quem quer que seja) removeu-se com sucesso da ‘lista de sanções’.
Nos EUA, há um jogo chamado “Six degrees of Kevin Bacon” (Seis graus de Kevin Bacon) , onde virtualmente todas as pessoas no país podem ser conectadas ao ator Kevin Bacon, com apenas 6 relacionamentos vinculados. Bem, o Sr. de Castro parece ter jogado o mesmo jogo com os vínculos fabricados do Sr. Textor com os oligarcas russos.
Conclusão
É uma pena que o futebol possa ser levado tão a sério que a política de destruição pessoal esteja em jogo no esporte. Há muitas pessoas como o Sr. de Castro, tão desesperadas por relevância e tão feridas a ponto de desconfiarem de boas intenções, que não se importam com quem atacam. Esse tipo de comportamento nunca cessará, mas o Sr. de Castro e seus editores terão a oportunidade de justificar suas ações e, esperançosamente, pensar duas vezes antes de se comportar de maneira semelhante no futuro. Hoje, eles foram processados em um tribunal criminal e terão a oportunidade de se defender.
O trabalho do Sr. Textor para melhorar o futebol no Brasil e em outros lugares não vai parar. Somente uma pessoa que enfrentou grandes desafios na vida, experimentando tanto o sucesso quanto o fracasso, enquanto lidava com o bom e o ruim da nossa sociedade global, pode ser qualificada para trazer mudanças reais. Será preciso muito mais do que o trabalho de um jornalista investigativo equivocado para diminuir o entusiasmo e o amor do Sr. Textor pelo povo do Brasil.
Como o trabalho do Sr. Textor continuará, esperamos que os êxitos continuem chegando. É hora de botar fogo”.
Diante das acusações de Textor, o ICL Notícias abre espaço para a defesa do jornalista Lúcio de Castro:
John Textor publicou em suas redes um texto abordando a série de reportagens “Os segredos de Textor”, de minha autoria, publicada no ICL Notícias.
Desde a primeira linha, o texto é uma sucessão de tentativas de desqualificação do mensageiro. Tal desqualificação tem como ponto central enfatizar o time para qual torço.
Nada está à toa ali ou impensado. Tem método. Em sua resposta, se dirige ao “torcedor do Flamengo e jornalista Sr Lúcio de Castro”. Estando a qualificação de “torcedor” à frente do ofício.
Hábil comunicador, mais do que responder, deixa claro que o importante é mobilizar o seu público tão somente, muito mais do que a verdade.
O ato é desrespeitoso, desonesto e vil. Os anos de carreira, história e reconhecimento, não apenas no Brasil mas como no exterior, com diversas premiações entre as mais importantes e relevantes do mundo, palestras e permanentes convites para congressos em diversos países, falam mais do que a virulência inconsequente de Textor.
Como paladino da moralidade imbuído do papel de chegar ao Terceiro Mundo e estabelecer a ordem e a moralidade, afirma explicitamente que “escolheu desafiar forças poderosas no Brasil, melhorar os padrões de governança e acabar com as práticas de corrupção”.
E prossegue suas insinuações e tentativas de desqualificação do mensageiro, situando como “torcedor emocional e fanático do Flamengo”. E vai mais longe ao citar eventual motivação vinda de “lugar mais obscuro”. Ou ainda novamente insinuar que “a motivação para essa escolha limitadora de carreira pode nunca ser conhecida”.
Bastaria consultar o histórico de reportagens do profissional sobre o próprio Flamengo e suas mazelas, que não poucas vezes resultaram em processos. Assim como da própria CBF. A última sobre esta instituição ainda em janeiro do corrente ano.
Mas aqui Textor repete rigorosamente a mesma prática que se transformou em sua marca mais conhecida desde a chegada: acusações sem provas.
O mesmo Textor que apontou o dedo para um país todo, e agora vemos afirmar com todas as letras, “numa cruzada pública contra a corrupção”. Sem no entanto, jamais apresentar uma prova concreta. Da mesma forma que acusou equipes, profissionais e instituições, agora acusa, novamente, um profissional respeitado.
Novamente sem qualquer prova.
É tamanha a desfaçatez e certeza de que pode falar qualquer coisa sem qualquer sustentação na verdade, que afirma que a reportagem foi publicada “sem alertar nenhuma das pessoas de relações públicas na organização do Sr. Textor de que tal exposição estava em preparação — prova positiva de que o Sr. de Castro tinha intenção maliciosa”. O que, evidentemente chega a ser risível e nem mereceria maiores considerações, já que, durante grande período de tempo, desde o dia 18 de julho, enviei questões e procurei respostas para os questionamentos da reportagem por diferentes caminhos, países, línguas e empresas, seja através da assessoria de comunicação da SAF Botafogo ou da Eagle Holdings. Em repetidas vezes. Sem jamais ter resposta. Mais uma vez, Textor mente. Uma mentira tão frágil que deixa claro que para ele importa é jogar no ar, sem qualquer lastro. Como faz por aqui.
Por fim, ao abordar temas relatados nas reportagens, Textor novamente distorce o conteúdo publicado. E mente. Como em relação a história da Digital Domain, relatada na primeira reportagem. Sem perceber se enrolar nas próprias mentiras, Textor beira a indigência ao se contradizer sobre os fatos citados por mim.
Em um primeiro momento, a defesa de Textor afirma que eu “percebo” o acordo feito no processo em questão, do estado da Flórida contra Textor. (“quando o Sr. de Castro percebeu que tal processo terminou com o autor (que fez tais alegações falsas) tendo que pagar quase US$ 10 milhões em dinheiro para mim, e ainda mais em ativos, o Sr. de Castro tentou sugerir que eu enganei o sistema, de forma antiética, e “fiquei ainda mais rico”.).
Para logo abaixo afirmar que cito a história “sem relatar o resultado final”. Ou seja, relatar o acordo que, três parágrafos antes, ele dizia que eu “percebia”.
Para formular acusações assim, repletas de mentiras e contradições, se contradizendo três parágrafos abaixo, talvez tivesse sido melhor mesmo seguir a prática de acusar baseando-se em relatórios de inteligência artificial.
Obviamente, como Textor mesmo reconhece, nossa reportagem é incisiva quanto a existência do acordo final na Justiça, reproduzindo inclusive o trecho do editorial do jornal de Palm Beach na ocasião do acordo. “Talvez isso, em poucas palavras, seja o grande problema aqui. Empresários experientes em Wall Street, como Textor, manipulam o sistema e acrescentam ao fardo financeiro dos contribuintes, então saem com contas bancárias muito bem recheadas.”
Mas com polêmicas e mentiras como tais, Textor muda o foco do que é a reportagem.
É notório ainda que, por mais que Textor ou qualquer um queira distorcer, tal primeira reportagem não tem em seu foco principal processos na Justiça. E sim o relato dos quase US$ 100 milhões que Textor obteve de subsídios do estado e que se esvaíram em meio a promessa de transformar a Flórida na “Hollywood do Oriente”. Dinheiro público. Paralelo a uma transferência de recursos de uma empresa do seu grupo para outra. E aqui chegamos ao ponto primordial que justifica uma reportagem, e não as ilações de Textor ao medir alguém por sua régua. Conhecer o passado para compreender o presente, como ensinou Heródoto. Mais do que pertinente no momento, no qual, como mostra a reportagem, em que acontecem transferências de recursos e empréstimos de uma empresa para outra em sua rede de clubes pelo mundo.
Em sua resposta, Textor ignora o ponto primordial da reportagem: a descrição detalhada da (não) destinação desses quase US$ 100 milhões em subsídios estatais. E outros fatos citados, como a porta giratória de deputados que o beneficiaram em suas decisões para o conselho de suas empresas ou que aparecem, em documentos obtidos pela reportagem, em transações com a empresa. Para alguém que tem a pretensão de “acabar com a corrupção de um país”, seria de bom tom explicar no lugar de se apegar ao time de preferência do repórter.
Em suas distorções em relação ao que está na reportagem, Textor cita a fusão Facebank/FuboTV, contada na terceira reportagem, e novamente distorce o ponto central, destacado como tal e que toma a maior parte da reportagem: amparado em farta e reproduzida documentação, mostramos os processos e parceiros na concessão de US$ 100 milhões de linha de crédito. Quem eram, a quem estavam ligados.
Detalhando com riqueza quem eram esses parceiros e suas conexões, as modificações nas empresas, até a desistência desse crédito.
Por fim, em meio ao cipoal de distorções e inverdades da resposta, Textor cita “tentativa de vincular o Sr. Textor a pessoas russas nefastas”. O “nefastas” é por conta da verborragia de Textor. Nossa reportagem apenas relata a ampla rede de relações de um parceiro onipresente em negócios de Textor nos últimos anos. Um escrutínio que alguém com negócios de interesse público e que mobiliza a paixão de milhões deveria saber ser obrigatório. A relação de Textor com o banqueiro russo Sergey Skaterschikov, presente em vários negócios e também nos investimentos no futebol, foi confirmada pela reportagem em questionamento a empresa do próprio, que, ao contrário de Textor, respondeu.
Curiosamente, Textor afirma sobre ele que “acredita ser uma boa pessoa”. Mas embora mantenha tantos vínculos, “não tem conhecimento de todo o seu passado”.
Em momento algum, ao contrário do que Textor tenta insinuar, a reportagem faz qualquer julgamento sobre o banqueiro russo ou sobre qualquer pessoa de origem russa, como faz apelativamente e com intuito de tirar o foco insinua.
Apenas enumeramos os tantos fatos que unem o banqueiro a oligarcas russos. Em laços de extrema confiança e proximidade, como está na quarta reportagem. Desde sociedades em clubes de investimento em artes a cargos em empresas estratégicas daquele país comandadas pelos citados.
Repetindo a estratégia já vista por aqui de apenas tentar jogar lama e acusar sem qualquer prova e sem mesmo sustentação em fatos que estão à disposição, Textor mostra sua falta de compromisso com qualquer verdade ao afirmar, sobre a quarta reportagem e sobre Alexander Studhalter, que “O Sr. de Castro apenas joga lama, neste caso, pois não tem evidências de que Textor já tenha conhecido ou tido algo a ver com o Sr. Studhalter. Na verdade, o Sr. Textor não tem nenhuma conexão com o Sr. Studhalter, que é apenas um investidor em um dos negócios do Sr. Burgener. O Sr. Castro também deixou de mencionar que o Sr. Studhalter (seja ele quem for) se removeu com sucesso da “lista de sanções”.
De novo, Textor mente. De forma contumaz. Se ao menos tivesse intenção de ser fiel a verdade minimamente, iria ler na reportagem exatamente o contrário, como está informado na mesma:
“Em 10 de junho de 2024, a sanção da OFAC contra Studhalter foi suspensa”.
A reportagem também em momento algum se refere ou quis saber se Textor conheceu Studhalter. Mas Textor estrategicamente falta com a verdade ao dizer que Studhalter, preso anteriormente por seus negócios com o oligarca Suleiman Kerimov, senador da república russa do Daguestão, intimamente ligado a Vladimir Putin, “é apenas um investidor em um dos negócios do Sr Burgener”, ao qual Textor, como ele mesmo conta, se “reuniram amigavelmente no Facebank/fuboTV”.
Não era um “simples investidor”. Era sócio majoritário. Como está corretamente na quarta reportagem e lastreada em documentação:
“Em dezembro de 2022, Studhalter era o sócio majoritário com 27,38% das ações da HLEE através da “Swiss International Ivestment Portfolio AG. Seguido por Bernhard Burgener, então com 18,50%. Com as sanções, no papel, em 31 de dezembro de 2023, Studhalter caiu para 19,99% e Burgener foi para 23,53%.
A redução se deu após as sanções, como a própria HLEE informou aos investidores.
São muitas as propositais distorções de Textor nas respostas. Tamanho é o nível de falsidades ali descritas na resposta, que poderíamos enumerar outras tantas.
Com a mesma régua de quem se arvora a chegar em um país e apontar o dedo para todos sem qualquer prova, e acusa os outros de interesses escusos novamente sem provas, mesmo diante de histórias de vida e carreira sem qualquer mácula, Textor, como vimos, fala a verdade em apenas um momento.
Ao afirmar que “o Sr. de Castro tem uma reputação confiável, tanto quanto qualquer repórter investigativo excessivamente zeloso pode ter”. E comete o mesmo erro de todos os poderosos ao achar que determinará o tempo e a trajetória de alguém com tal história.
Seguiremos. Tendo como único interesse, o mesmo de uma vida toda, a principal e maior razão desse ofício: a defesa inegociável do interesse público. Sem se dobrar a qualquer tentativa de intimidação.
Lúcio de Castro
Repórter
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