Manifestantes protestaram ontem contra a falta de energia que ainda atinge diversos bairros da capital e da Região Metropolitana devido à chuva da última sexta-feira. As manifestações fecharam a Avenida Giovanni Gronchi, na Zona Sul, e a Rodovia Raposo Tavares, em Cotia, na Grande São Paulo. Um policial foi baleado na perna durante os protestos. Apagão atingiu mais de 2,1 milhões de clientes da Enel e cerca de 45 mil permanecem às escuras.
O protesto na Avenida Giovanni Gronchi teve início no fim da tarde de ontem e ocorreu na região conhecida como Ladeirão do Morumbi. Moradores atearam fogo em objetos na pista e via chegou a ficar interditada. Policias do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) foram acionados e um agente ficou ferido e encaminhado para o hospital.
Mais cedo, manifestantes bloquearam a Rodovia Raposo Tavares. O protesto começou por volta das 16h e se estendeu até a noite. Segundo o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), a pista sentido oeste, em Cotia, ficou fechada e provocou engarrafamento de cinco quilômetros
Um terceiro protesto foi registrado por volta das 19h50 na Avenida Guarapiranga, na Zona Sul, mas foi dispersado logo em seguida por policiais militares.
Pela manhã, houve manifestação na sede da Enel, também na Zona Sul. Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) cobraram o ressarcimento aos consumidores prejudicados e a retomada imediata do serviço.
APAGÃO
O apagão na cidade de São Paulo atingiu mais de 2,1 milhões de clientes da Enel e ocorreu após as chuvas que caíram sobre a capital na sexta-feira passada. De acordo com a concessionária, quase 1,5% dos paulistanos ainda continuam sem luz — cerca de 30,2 mil imóveis.
Em Cotia, cerca 15 mil imóveis continuam sem energia. De acordo com a prefeitura, escolas do município não abrem as portas desde segunda-feira. Hoje, 80% dos colégios devem retomar as aulas — as demais aguardam a volta da energia elétrica.
Em boletim divulgado no início da tarde de ontem, a Sabesp informou que a falta de energia afetou o abastecimento de água em trechos isolados de cidades como Cotia, Jandira e Pirapora do Bom Jesus.
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