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Toda a diretoria da Fundação Saúde é exonerada após transplantes com HIV

Não há ainda definição de nome para ocupar o cargo de diretor-geral
21/10/2024 | 15h20

O governador do estado do Rio de Janeiro, Claudio Castro, anunciou nesta segunda-feira (21) a mudança de toda a diretoria da Fundação Saúde.

A medida foi tomada 10 dias após a catástrofe dos transplantes de órgãos infectados com HIV, que resultou na infecção de seis pessoas pelo vírus.

Ainda não há um nome para ocupar o cargo de diretor-geral.

Os ocupantes dos postos deixarão, ao todo, seis cargos da Fundação Saúde no próximos dias. São eles: executiva, administrativa e financeira, recursos humanos, planejamento e gestão, técnico-assistencial e jurídica.

João Ricardo da Silva Pilotto (Foto: Fundação Saúde/Reprodução)

João Ricardo da Silva Pilotto, o então diretor-geral, havia sido nomeado para o cargo em janeiro de 2016, durante a primeira passagem do deputado Doutor Luizinho como secretário estadual de Saúde. Ele tem em seu currículo a direção do Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), na Baixada Fluminense.

Contratações da Fundação Saúde

De acordo com as informações do jornal O Globo, desde 2021 as contratações em caráter emergencial — contratações feitas sem a necessidade de licitação, que deveriam ser feitas apenas em situações excepcionais — da Fundação Saúde, superam as realizadas em concorrência pública.

Esse ano, a soma dos valores dos contratos emergenciais ultrapassam em três vezes a quantia dos contratos feitos com licitação. Até outubro, a instituição já havia assinado 292 contratos emergenciais, cujos valores somados ultrapassam R$ 911 milhões, contra as 60 contratações com pregão eletrônico, que totalizam R$ 302 milhões.

Apesar da grande discrepância deste ano, em 2023 a diferença entre os tipo de contratação foi ainda maior. Foram 618 contratos com valor total de R$ 1,6 bilhão assinados sem licitação, enquanto apenas 139 vieram de concorrências, no valor de R$ 372 milhões.

A política de contratação da Fundação Saúde tem sido alvo de investigação pelas auditorias do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Um relatório do órgão, emitido neste ano, indicou que o grande volume de contratações emergenciais indica “consequência da falta de planejamento, desídia ou má gestão”.

 

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