As câmeras de segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) flagraram o momento em que Francisco Wanderley se aproxima do prédio da Corte, em Brasília, e explode os artefatos explosivos na noite da última quarta-feira (13). Ele morreu após uma série de explosões sem frente ao prédio do Supremo.
No vídeo, conseguido pela jornalista Juliana Dal Piva, Francisco se aproxima da estátua da Justiça e joga um objeto, sendo repreendido por um segurança da Polícia Judiciária. O homem, após a abordagem, recua e, então, lança artefatos explosivos em direção ao STF, quando outros seguranças tentam se aproximar.
Depois, ele acende um novo artefato que explode com ele. Em seguida, já é possível ver Francisco Wanderley deitado no chão. Após a explosão, pessoas saem do prédio do STF e observam a cena. Veja o vídeo:
Explosões
As explosões ocorreram por volta das 19h30. Primeiro, foram detonados explosivos em um carro estacionado no anexo 4 da Câmara dos Deputados, próximo ao STF. O carro está no nome de Francisco Wanderley. Em seguida, houve a explosão de artefatos em frente à sede do Supremo.
A Polícia Federal foi acionada e investiga o caso. A entrada da PF no caso, a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), foi comunicada pelo ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias. A Polícia Militar do Distrito Federal também está atuando no caso.
Nesta quinta-feira (14), a PMDF fez uma varredura no local das explosões. Os agentes desativaram artefatos explosivos encontrados ao redor da Praça dos Três Poderes e encontraram: um relógio com contagem regressiva no corpo de Francisco Wanderley; dois artefatos explosivos no cinto do homem; um artefato explosivo próximo ao corpo; um extintor de incêndio adaptado para explosão próximo ao corpo.
Homem que se explodiu
Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, é chaveiro e foi candidato a vereador, em 2020, pelo Partido Liberal (PL) em Rio do Sul, no estado de Santa Catarina. Ele esteve no STF em agosto.

Francisco Wanderley Luiz, 59, é chaveiro e foi candidato a vereador, em 2020, pelo Partido Liberal (PL) em Rio do Sul (SC). (Foto: Reprodução)
Antes de morrer, publicou uma série de mensagens sobre o ataque, misturando declarações de cunho político e religioso. A tentativa de se eleger ao Legislativo municipal em 2020 foi a única de Francisco. Ele gastou apenas R$ 500 em sua campanha, com serviços contábeis, e teve 98 votos.
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De acordo com a decisão, esse tipo de procedimento é inadmissível. A partir de agora, provas conseguidas por esse meio serão consideradas ilegais