Dados oficiais de violência indicam que, embora os números de roubos nas ruas de Copacabana, em novembro, tenham diminuído em relação ao ano anterior, o acumulado dos primeiros 11 meses mostra um aumento de 10,7%. No entanto, em comparação com 2019, antes da pandemia, houve uma redução de 15,1%. O recorde para o período ocorreu em 2008, com 1.362 casos. O indicador de roubos engloba transeuntes, ônibus e celulares.
Moradores e turistas que frequentam o bairro da zona sul do Rio de Janeiro, estão adotando hábitos distintos em meio a um crescente sentimento de insegurança na região, conforme comentam em entrevista a reportagem da Folha de São Paulo publicada ontem (10).
A sensação de insegurança parece ter se alastrado pela cidade. Sidnei Oliveira Sá, ajudante de cozinha de um hotel na orla e morador da Penha, zona norte, compartilhou em entrevista ao jornal paulista: “Pego o ônibus às 5h. Hoje mesmo, vi um motoqueiro diminuindo a velocidade e corri para pegar o primeiro ônibus que vi. Tem que ficar esperto para não ser assaltado, é sinistro.” Outra medida mencionada por um economista carioca é evitar sair à noite, reservando essas saídas para o final de semana, por exemplo, para repor as compras do mês.
O uso de celulares simples para chamadas, visando evitar furtos, também tem se tornado uma prática comum. Um morador, que preferiu não se identificar, revelou que possui um aparelho para uso doméstico com acesso ao banco principal, outro destinado ao uso de PIX na rua, e um terceiro exclusivamente para ligações.
Relatos como esses, somados a casos recentes, como o ataque ao empresário Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos, no domingo (30), têm motivado o surgimento de grupos “justiceiros” no bairro , moradores que, recente, se organizaram através das redes sociais para formar grupos que buscam supostos criminosos, em uma resposta direta à criminalidade na região.
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