Índices futuros começam 2025 em alta; Bolsa brasileira retoma pregão

Após a parada prolongada devido ao feriado de ano-novo, os índices futuros dos Estados Unidos operam em trajetória positiva, nesta manhã de quinta-feira (2), em movimento que segue o fechamento do ano, quando os indicadores estadunidenses encerraram com ganhos acima de 20%. Por aqui, a Bolsa brasileira retoma as negociações hoje, após um 2024 com perdas pouco acima de 10%.

O ano passado foi um período em que as ações de tecnologia bombaram. As empresas agrupadas no bloco das “Sete Magníficas” foram responsáveis por grande parte da movimentação positiva. O destaque ficou para a Nvidia (NVDA), com ganho de 171% ao longo do ano, em uma demonstração de força da Inteligência Artificial (IA).

A alta acumulada em 2024 e 2023, de 53,19%, é o maior desde o biênio 1997 e 1998.

Na Ásia, o presidente Xi Jinping anunciou que o PIB chinês deve ultrapassar 130 trilhões de iuans (cerca de US$ 17,8 trilhões) em 2024. Para 2025, ele prometeu políticas mais proativas para impulsionar o crescimento, apesar dos desafios como a crise imobiliária, alta dívida pública e baixa confiança do consumidor.

Desde setembro, medidas de estímulo como cortes de juros e flexibilização na compra de imóveis têm sido adotadas. Xi destacou resiliência e otimismo, com a economia crescendo cerca de 5% em 2024, alinhada à meta oficial.

No Brasil, os investidores seguem atentos ao desempenho do Ibovespa e ao comportamento do dólar. A sessão marca o início de um novo ciclo, após um ano cheio de altos e baixos para o principal índice da bolsa brasileira.

Em dia de agenda de indicadores esvaziada, o destaque é o PMI da indústria do mês de dezembro.

Brasil

O Ibovespa encerrou o pregão da segunda-feira (30) praticamente estável. Na última sessão de 2024, o principal indicador da Bolsa brasileira subiu apenas 0,01%, aos 120.283,40 pontos. Mas, no ano, o IBOV acumula queda de 10,36%.

Já o dólar à vista fechou o dia com baixa de 0,22%, aos R$ 6,179. Mas 2024 foi um ano marcado pela desvalorização do real e a disparada da divisa norte-americana.

Em 2024, o dólar acumula alta de 27,36%, maior oscilação desde 2020, quando avançou 29,3% em relação ao real.

Europa

As bolsas europeias abriram a sessão com alta, mas rapidamente viraram para queda durante as negociações desta quinta-feira. No Stoxx 600, os setores de petróleo e gás lideravam ganhos enquanto automóveis e ações bancária recuavam.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,03%
DAX (Alemanha): +0,08%
CAC 40 (França): -0,77%
FTSE MIB (Itália): -0,46%
STOXX 600: -0,13%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York seguem no embalo do otimismo com o encerramento de 2024, em dia de a agenda de indicadores esvaziada. Por lá, os agentes se preparam para a posse do republicano Donald Trump na presidência do país no próximo dia 20 de janeiro.

Dow Jones Futuro: +0,42%
S&P 500 Futuro: +0,58%
Nasdaq Futuro: +0,77%

Ásia

As ações asiáticas abriram o ano com negociações mistas, com as ações da China liderando as perdas. Os mercados no Japão permanecerão fechados pelo resto desta semana.

Shanghai SE (China), -2,66%
Nikkei (Japão): -0,96%
Hang Seng Index (Hong Kong): -2,18%
Kospi (Coreia do Sul): 0,02%
ASX 200 (Austrália): +0,52%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem hoje, com os investidores acompanhando sinais de recuperação da economia da China após falas de Xi Jinping sobre a promoção do crescimento na região. Durante o dia, a divulgação dos dados semanais de estoques de petróleo nos EUA devem impactar as negociações.

Petróleo WTI, +0,75%, a US$ 72,24 o barril
Petróleo Brent, +0,70%, a US$ 75,18 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem os dados semanais de auxílio-desemprego, PMI da indústria de dezembro e gastos com construção de novembro.

Por aqui, no Brasil, o Ministério da Fazenda anunciou a lista de 137 marcas aprovadas para o mercado regulado de apostas, que estreou oficialmente na quarta-feira (1º). Das 103 solicitações analisadas, 15 foram aprovadas e 52 receberam autorizações temporárias. A Fazenda espera arrecadar R$ 2,1 bilhões com as outorgas, fixadas em R$ 30 milhões por licença. Empresas sem autorização poderão operar ilegalmente, sujeitas a sanções. Portais licenciados seguirão regras rígidas, incluindo taxas de 12,5% sobre receita e medidas contra vício em jogos.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg