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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça (4) que a queda do dólar e a expectativa de uma safra “muito forte” neste ano devem ajudar a conter a alta dos alimentos.
A fala ocorreu depois da divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central. No documento, o comitê afirma que os preços de alimentos se “elevaram de forma significativa” e concluiu que esse aumento tende a se “propagar” (difundir) no médio prazo, ou seja, para os próximos meses.
A alta dos alimentos, de acordo com a instituição, ocorreu em função de fatores como a estiagem observada ao longo do ano e a elevação de preços de carnes, também afetada pelo ciclo do boi, ou seja, a alta dos alimentos nada tem a ver com qualquer decisão do governo ou política pública.
“O dólar estava R$ 6,10, e está em R$ 5,80. Isso já ajuda muito, porque essa escapada que deu… Com ação do Banco Central e com a ação do Ministério da Fazenda, essas variáveis macroeconômicas se acomodam em outro patamar e isso, certamente, para favorecer. E eu estou muito confiante de que a safra desse ano, por todos os relatos que eu tenho tido do pessoal do agro, vai ser uma safra muito forte. Isso também vai ajudar”, declarou o ministro Haddad a jornalistas.
Alta dos alimentos tem preocupado governo federal e abalado popularidade de Lula
A alta nos preços dos alimentos tem sido uma preocupação constante para o governo federal desde o início do ano passado, especialmente após pesquisas de opinião indicando que o aumento do custo nos supermercados estava influenciando níveis de percepção da população sobre a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na última semana, após encontro com a equipe econômica, os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, descartaram que o governo possa adotar medidas não usuais para conter os preços dos alimentos no Brasil, como subsídios e tabelamento de preços.
Meta da inflação
Sobre a possibilidade de novo descumprimento da meta de inflação em junho deste ano, o que também consta da ata do Copom, Haddad avaliou que o novo formato do sistema de metas, que passou a ser “contínuo” desde o início de 2025, faz com que o Banco Central possa apresentar um plano de trabalho consistente para trazer a inflação para a meta “com mais racionalidade”.
“A meta contínua permite uma melhor acomodação e eu penso que o BC vai ter vai ter tempo de analisar o patamar de juro restritivo que ele vai manter, e por quanto tempo, para conseguir esse objetivo [de trazer a inflação de volta às metas]”, acrescentou o ministro Haddad.
Segundo o ministro da Fazenda, o pacote de corte de gastos, apresentado pelo governo e aprovado pelo Congresso no fim do ano passado, representou uma contenção de R$ 30 bilhões em 2025. “Isso foi constatado, inclusive, por técnicos do relator do orçamento”, acrescentou.
*Com informações do G1
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