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O Ibovespa fechou o pregão, desta sexta-feira (21), com baixa de 0,37%, aos 127.128,06 pontos, uma perda de 472,52 pontos. Em uma semana fraca de indicadores, o indicador também acumulou perdas de 0,9%.
O indicador foi puxado pelas desvalorizações da Vale e dos bancos. Também acompanhou o movimento negativo do exterior, com os agentes ainda preocupados com os desdobramentos das políticas tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump, na economia global.
O assunto do dia nesta sexta-feira foi a entrevista exclusiva com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao ICL Notícias 1ª edição. Ele respondeu a perguntas do jornalista Leandro Demori e da economista e apresentadora do ICL Mercado e Investimentos, Deborah Magagna, que estiveram na sede do Ministério da Fazenda, em São Paulo.
Entre os vários assuntos abordados por Haddad, ele disse que não espera enfrentar desafios para aprovar a isenção do IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5 mil no Congresso. “O desafio não vai ser isentar, mas vai ser compensar. Teremos que ir para o andar de cima”, frisou. O projeto deve ser encaminhado ao Congresso depois do Carnaval.
Também afirmou que o controle da inflação virá com a aprovação do Orçamento de 2025, que deveria ter sido aprovado pelo Congresso no fim do ano passado, e com o Plano Safra.
“A primeira providência [para combater a inflação de alimentos] que estamos tomando é fazer planos safras cada vez mais robustos, maiores e melhores. Neste terceiro ano do governo Lula, estamos preparando o terceiro Plano Safra. Batemos dois recordes em 2023 e 2024. Queremos fazer o mesmo em 2025. Assim que Orçamento [de 2025] for aprovado, faremos isso”, disse.
Além da entrevista de Haddad, os agentes continuaram acompanhando os desdobramentos da denúncia do PGR (Procurador-Geral da República), Paulo Gonet, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 33 pessoas pela tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023 e pela trama que pretendia assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Dólar
Já o dólar à vista fechou em alta de 0,45%, a R$ 5,7304. Na semana, a moeda acumulou ganho de 0,58%, interrompendo sete semanas consecutivas de perdas semanais.
Mercado externo
Em uma semana fraca de indicadores, as bolsas de Nova York fecharam em baixa generalizada, com os investidores com um sentimento de cautela a respeito do futuro da economia global devido aos impactos da política tarifária anunciada por Donald Trump.
O Dow Jones caiu 1,69%, aos 43.428,02 pontos; o S&P 500, -1,71%, aos 6.013,13 pontos; e o Nasdaq, -2,20%, aos 19,524.01 pontos.
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