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Por Brasil de Fato
Um jornalista está em tratamento intensivo nesta quinta-feira (13) depois de ter sido gravemente ferido enquanto cobria uma manifestação de aposentados apoiada por organizações sociais em Buenos Aires, na Argentina, que levou a confrontos com a polícia que deixaram mais de 100 pessoas presas e pelo menos 45 feridas.
O fotojornalista Pablo Grillo foi ferido enquanto tirava fotos em uma manifestação, como pode ser visto em um vídeo reproduzido nas redes sociais. Imagens posteriores também mostraram sua cabeça ferida coberta de sangue.
O fotógrafo foi levado a um hospital em Buenos Aires, na Argentina, para ser operado. “A situação é muito grave”, disse seu pai, Fabián Grillo, à imprensa argentina.
Em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira, o prefeito da capital da Argentina Jorge Macri, disse que Grillo está “lutando entre a vida e a morte” e enviou apoio às famílias de todos os afetados.
O prefeito acusou “grupos violentos altamente organizados” de terem provocado os tumultos e disse que houve 260 milhões de pesos (cerca de US$ 240 mil ou R$ 1,3 milhão na cotação atual) em danos.
De acordo com seu relato, a polícia prendeu 94 pessoas. Vinte policiais ficaram feridos, assim como outras 25 pessoas, incluindo Grillo.
Caos na Argentina
A Associação de Repórteres Gráficos da Argentina (ARGRA), onde Grillo estudou, condenou as ações das forças de segurança e exigiu que o presidente, Javier Milei, removesse Bullrich e seus subordinados do cargo e os levasse à justiça.
O chefe de gabinete, Guillermo Francos, referiu-se ao caso de Grillo nesta quinta-feira e disse que “é claro que tentaremos esclarecê-lo”.
“É verdade que esse tipo de episódio gera essas consequências, esses acidentes imprevistos”, disse ele, fazendo alusão aos relatos de que o fotógrafo foi atingido por uma bomba de gás lacrimogêneo.
“É um fato muito lamentável, só posso fazer esse comentário porque não conheço os detalhes”, acrescentou.
Grillo trabalhava de forma independente na Argentina, de acordo com seu pai.
A agitação começou no meio da tarde, quando os manifestantes desafiaram os cordões de isolamento da polícia para liberar as estradas em frente ao Congresso.
Por volta da meia-noite em Buenos Aires, os moradores bateram em panelas espontaneamente em repúdio ao governo de Milei. Até mesmo grupos de dezenas de pessoas se mobilizaram novamente em direção ao centro da cidade.
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