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A média dos analistas financeiros consultados para o Boletim Focus esta semana indicou redução na projeção de inflação para este ano, mas elevação em 2026. Ao mesmo tempo, também passou a projetar um crescimento menor da economia neste ano e no próximo ano.
De acordo com o relatório divulgado nesta segunda (17) pelo Banco Central, a mediana das estimativas de inflação ficaram da seguinte forma:
- 2025: a estimativa do mercado passou de 5,68% para 5,66%. Com isso, a expectativa continua acima do do teto da meta, que é de 4,5%.
- 2026: a expectativa de inflação subiu de 4,40% para 4,48%.
- 2027: a expectativa continuou em 4%.
A inflação do país acelerou para 1,31% em fevereiro, após registrar 0,16% no mês anterior. Esta é a maior alta para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%) e a maior taxa desde março de 2022 (1,62%). A alta foi influenciada especialmente pelo aumento de 16,80% na energia elétrica residencial, que exerceu um impacto de 0,56 ponto percentual (p.p.) no índice. Nos últimos doze meses, a taxa ficou em 5,06%, acima dos 4,56% dos 12 meses imediatamente anteriores.
Durante participação em evento na Casa das Garças, no Rio de Janeiro, em fevereiro, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que a inflação seguirá “desconfortável” para as famílias e para as empresas no curto prazo, e que o indicador também permanecerá fora da meta perseguida pela autoridade monetária.
“Se pegar série histórica e taxa de juros real, estamos num patamar historicamente elevado do ponto de vista de aperto monetário. (…) É um momento desconfortável para as empresas e famílias, que é um momento onde a inflação deve seguir em patamar desconfortável fora da meta, e você espera que a politica monetária faça efeito gradualmente”, afirmou.
Veja outras previsões do mercado financeiro no Boletim Focus
PIB (Produto Interno Bruto)
- 2025: a projeção do mercado recuou de 2,01% para 1,99%.
- 2026: a previsão de alta do PIB do mercado financeiro caiu de 1,70% para 1,60%.
Taxa básica de juros (Selic)
2025: a projeção do mercado para o juro básico da economia permaneceu em 15% ao ano.
2026: o mercado financeiro manteve a projeção em 12,50% ao ano.
Dólar
2025: a projeção recuou de R$ 5,99 para R$ 5,98.
2026: a estimativa continuou em R$ 6.
Balança comercial
2025: a projeção de superávit da balança comercial caiu de US$ 76,8 bilhões para US$ 76,7 bilhões.
2026: expectativa para o saldo positivo recuou de US$ 79,4 bilhões para US$ 79,2 bilhões de superávit.
Investimento estrangeiro direto
2025: a mediana das estimativas para ingresso de investimento estrangeiro direto permaneceu em US$ 70 bilhões.
2026: a projeção recuou de US$ 73,2 bilhões para US$ 72 bilhões.
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