Os golpes envolvendo boletos bancários falsos têm se tornado cada vez mais sofisticados. Principal meio para efetuar pagamentos de contas, compras e impostos, o documento é alvo frequente de fraudadores.
Para evitar prejuízos no bolso, a Serasa ensina como identificar os boletos falsos e não cair em golpes. Confira abaixo algumas dicas para se proteger das fraudes.
TIPOS DE GOLPES
- Lojas virtuais:
Quando a vítima realiza uma compra online, em vez de receber o boleto bancário legítimo, os criminosos interceptam a transação e enviam um documento falso. Ao efetuar o pagamento, o dinheiro não vai para a loja virtual, mas para os criminosos.
- Via e-mail:
Golpistas enviam e-mails falsos contendo boletos e se fazem passar por empresas. Devido ao hábito de receber contas por mensagem — água e luz, por exemplo –, muitas vítimas deixam de verificar o endereço do remetente.
- E-mail interceptado:
Criminosos interceptam e-mails verdadeiros de cobrança, impedindo que cheguem aos destinatários, e substituem os legítimos por versões falsas.
Processo ocorre quando invadem a conta de e-mail da vítima, muitas vezes, aproveitando vazamentos de dados.
- Doação beneficente:
Fique atento ao receber e-mails de instituições beneficentes que solicitam doações, já enviando um boleto bancário. Embora nem sempre seja um golpe, fraudadores também exploram tal prática.
- Renegociação:
Golpe envolve a renegociação de dívidas. Devido a vazamentos de dados pessoais, golpistas obtêm informações como o CPF da vítima. Em seguida, oferecem oportunidades para renegociar débito e apresentam boletos falsos em nome da instituição financeira.
COMO IDENTIFICAR
- Código de barras: boletos falsos podem estar com falhas no código de barras — espaços onde não deveriam ter, dificultando a leitura dos sensores, que exigem a digitação manual.
- Nome do beneficiário: boletos fraudados podem conter o nome errado do beneficiário (ou escrito incorretamente).
- Dados do beneficiário: qualquer diferença nos dados gerais do beneficiário podem indicar fraude.
- Valor do boleto: boletos falsos podem vir com pequenas alterações no valor final a ser pago.
- Forma de envio do boleto: desconfie se você deveria ter recebido o boleto por um canal de atendimento e acabou recebendo por outro.
- Dispositivo da compra: brechas de segurança em computadores e dispositivos móveis também são portas de entradas para o envio de boletos falsos.
DICAS
- Confira os números do código de barras: devem ser idênticos tanto na parte superior quanto na inferior do documento. Essa correspondência é crucial, sendo que os três primeiros números indicam o código do banco emissário.
- Verifique a fonte emissora do boleto: os golpistas estão atentos às atividades online, especialmente em compras e negociações virtuais. Ao gerar um boleto, opte sempre pelo canal oficial, evitando clicar em boletos recebidos por e-mail, SMS ou WhatsApp, a menos que tenha sido acordado anteriormente.
- Confira os dados do boleto: boletos fraudulentos podem apresentar erros gramaticais. Portanto, verifique se as informações estão corretas e escritas de forma precisa. Examine detalhes como a data de vencimento, nome do beneficiário e o CNPJ. Em caso de dúvida quanto ao CNPJ, uma pesquisa rápida na internet pode confirmar sua autenticidade.
- Fique atento ao valor: o valor total do boleto é exibido em dois campos do documento: no final do código de barras e no espaço designado como “valor do documento”. Qualquer disparidade entre esses valores pode indicar um boleto falso. Além disso, esteja alerta para divergências no valor cobrado em relação ao acordado ou para cobranças fixas inesperadas.
- Preste atenção nos dados do beneficiário: o CNPJ do emissor deve estar claramente indicado no boleto bancário. Algumas empresas utilizam a razão social (nome oficial) ou o nome fantasia. Em caso de suspeitas em relação ao nome, é aconselhável realizar uma busca rápida na Internet para verificar a legitimidade do emissor.
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