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A ex-diretora do grupo Americanas, Anna Christina Ramos Saicali, desembarcou no Brasil na manhã da segunda-feira (1º) após ter a prisão revogada. Ela é considerada uma das principais envolvidas no esquema de fraudes fiscais nos balanços da empresa.

Anna desembarcou no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, por volta das 6h40, e foi em direção à Delegacia Especial da Polícia Federal, dentro do aeroporto. Ela deixou o local por volta das 7h50 por uma saída lateral exclusiva. A ex-diretora, que está proibida de deixar o país, entregou o passaporte à polícia para ser apreendido assim que desembarcou no país.

Anna Saicali

Anna foi alvo de uma operação da Polícia Federal contra as fraudes contábeis nas Lojas Americanas que, segundo as investigações, chegaram a R$ 25 bilhões.

A executiva não será presa e poderá voltar para sua residência, no Rio de Janeiro. O movimento foi autorizado pelo juiz Márcio Muniz Da Silva Carvalho, da 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Segundo o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, Anna “tomou parte das fraudes ajudando a criar documentos para apresentar à auditoria, de forma a dar suporte ao saldo fictício” da Americanas. Ela já chegou a ser incluída na Difusão Vermelha da Interpol.

Anna viajou para Portugal no dia 15 de junho e estava sendo procurada. No último domingo (30), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, chegou a se reunir com autoridades de Portugal na tentativa de prender Anna Saicali. A executiva, no entanto, decidiu se entregar à Justiça e foi conduzida pela Interpol até o Aeroporto de Lisboa.

Operação da PF

Na última semana, uma operação da Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra ex-diretores e pessoas ligadas a Americanas. A Justiça determinou a prisão preventiva dos principais envolvidos no esquema que melhorava os resultados financeiros da empresa.

O O ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, chegou a ser preso na última sexta-feira (28) em Madri pela polícia espanhola. Ele foi alvo da operação Disclosure, da Polícia Federal, e tinha mandado de prisão expedido pela Justiça brasileira.

Um dia depois, no entanto, Miguel foi solto. O ex-CEO da empresa teve que entregar o passaporte e não poderá deixar a Espanha.

De acordo com as investigações, quanto mais a empresa lucrava mais a alta cúpula ganhava prêmios milionários anualmente. Dois ex-funcionários da companhia fizeram delação premiada e utilizaram como provas conversas e exemplares da contabilidade que mostraram que a alta cúpula criou dois balanços financeiros: o real e o fictício, utilizado para o pagamento desses bônus.

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