O Ministério Público do Trabalho (MPT) no Piauí instaurou inquérito civil contra o empresário bilionário, estreante na lista da Forbes, Ricardo Castellar de Faria, dono da Granja Faria, para investigar denúncias de irregularidades nos contratos de trabalhos e suposta ausência de pagamentos de salários e benefícios a funcionários.
Ricardo Faria integra a lista de bilionários da Forbes de 2024, estreando na 21ª posição. Faria, cujo patrimônio é de R$ 17,45 bilhões, ocupa o primeiro lugar entre os cinco bilionários brasileiros que entraram na lista da Forbes.
Faria é presidente e fundador da Granja Faria, produtora de ovos comerciais, ovos férteis e pintos de um dia no Brasil. A empresa aloja mais de 10 milhões de aves em suas instalações, localizadas em vários estados do país. Fundada em 2006, a granja produz cerca de 7 milhões de ovos diários. Chegou a ter faturamento de R$ 1,87 bilhão em 2022, segundo o levantamento da KPMG.

Unidade da Granja Faria, empresa do bilionário alvo de processo trabalhista (Foto: Divulgação)
Bilionário no centro de denúncias trabalhistas
A investigação foi aberta em abril de 2024 apurar denúncias de extinção de contratos individuais de trabalho e falta de pagamentos. Além disso, o processo trabalhista afirma haver atraso ou falta de pagamento das verbas rescisórias e irregularidades relacionadas a remuneração e benefícios dos trabalhadores.
A procuradora Jeane Carvalho de Araújo Colares, considerou a legitimidade do MPT para instaurar inquérito civil e ajuizar ação civil pública em defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais constitucionalmente garantidos no âmbito das relações de trabalho.
SAIBA MAIS:
‘Bilionários foram blindados’, diz deputado que investigou fraude das Americanas
Relacionados
Maior operação da história resgata 593 trabalhadores em condições análogas à escravidão
Mulher de 94 anos que trabalhou 64 em regime análogo à escravidão está entre os resgatados
MPT instaura três inquéritos contra empresário que disse não contratar ‘esquerdista’
Também são apuradas denúncias sobre jornada de trabalho e descanso semanal na empresa G4 Educação
MPT recebe denúncias de violações trabalhistas envolvendo enchentes
Empresas têm obrigado funcionários a trabalhar em áreas alagadas