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Juliana Dal Piva

Formada pela UFSC com mestrado no CPDOC da FGV-Rio. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. É apresentadora do podcast "A vida secreta do Jair" e autora do livro "O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro", da editora Zahar, finalista do prêmio Jabuti de 2023.

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Cid não foi libertado por relatar fatos novos, mas auxilia PF nos EUA

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro apoia PF no caso das joias
04/05/2024 | 04h59

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de conceder novamente liberdade provisória para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), não revela novos fatos delatados pelo militar.

No entanto, ele segue colaborado com as investigações da Polícia Federal nos EUA para a conclusão do inquérito das joias.

Na semana passada, dia 26 de abril, Cid prestou um depoimento para os investigadores do FBI e da Polícia Federal brasileira por videoconferência para auxiliar nas diligências no exterior.

A coluna apurou que, pelo acordo, ele é obrigado a falar a verdade e a auxiliar até a conclusão do caso. Por isso, os dados relatados irão para os autos da investigação e não possui relação com a apuração sobre o episódio dos áudios revelados pela revista Veja.

Em áudios, Cid relatou pressão por delação

Em março deste ano, a revista publicou gravações em que ex-assessor relatou, a um interlocutor desconhecido, que foi pressionado pela delação. Ao ser chamado pela PF para esclarecer, Cid negou a pressão e disse que não lembrava o nome do interlocutor da conversa.

Na decisão, o ministro informa que decidiu manter o acordo de colaboração integralmente pois “foram reafirmadas a regularidade, legalidade, adequação dos benefícios pactuados e dos resultados da colaboração à exigência legal e a voluntariedade da manifestação de vontade”.

O ministro informou que tanto o depoimento como as buscas realizadas pela PF não encontraram nada que provasse que ele rompeu as condições do acordo.

O ex-assessor de Bolsonaro ainda ficará com uma série de medidas cautelares anteriormente decretadas, entre elas o impedimento de manter contato com outros investigados e o uso de tornozeleira eletrônica.

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