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A Defesa Civil de Alagoas estima que a cratera que pode ser aberta na área em que a Braskem mantinha a exploração de sal-gema pode chegar a 300 metros de diâmetro, o que deve atingir a Lagoa Mundaú. Segundo órgão, a Mina 18, que estaria prestes a colapsar, afundou mais de um metro nas últimas 48 horas.

Por conta da situação, foi decretado estado de emergência na cidade por 180 dias. O pior cenário projetado pela Defesa Civil do estado aponta para uma cratera com raio de 152 metros. Dados do órgão apontam, ainda, que o raio de influência da Mina 18, que está em estado crítico, atingiu 32 metros na manhã de hoje, com um volume de 500 mil m³ e profundidade de cerca de 50 metros.

Os arredores da Mina 18, com “risco iminente” de colapso, foram desocupados por conta da velocidade de afundamento do solo na região, que hoje chega a 50 centímetros por dia. Na última quarta-feira (29), um hospital, no bairro Pinheiro, foi totalmente evacuado porque corre o risco de o terreno onde está afundar.

Cidade se prepara para o pior

O gabinete de crise criado pela prefeitura comunicou aos órgãos de controle e de segurança sobre o perigo do desastre, incluindo os comandos da Marinha e do Exército.

Além disso, nove escolas receberam carros-pipa, colchões, alimentação, equipes de saúde, equipes da Guarda Municipal e de assistência social. Cinco bairros da região, Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol foram desocupados por conta da situação.

Uma nova projeção de hora de colapso deve ser divulgada pela Defesa Civil em breve. A previsão inicial era que a mina desabasse por volta das 6h de hoje, sexta-feira (1º) o que não ocorreu.

Há possibilidade de um tremor de terra no momento do colapso, mas ele não deve afetar prédios “estruturalmente saudáveis”.

O caso Braskem em Maceió

A Braskem teve em Maceió 35 poços de extração de sal-gema, material usado, por exemplo, para produzir PVC e soda cáustica.

A exploração do minério começou em 1979 e se manteve até maio de 2019, quando foi suspensa um dia após a divulgação de laudo pelo Serviço Geológico apontando riscos nas escavações.

Recentemente, a jornalista Heloisa Vilela, do ICL, fez uma série de reportagens sobre a ação da mineradora Braskem em Maceió:

 

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