O deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL) apresentou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) um projeto de lei que pretende proibir professores de escolas públicas e particulares de usarem roupas consideradas incompatíveis com a “liturgia do cargo” em sala de aula.
A intenção é evitar que os profissionais lecionem com vestimentas “que enfatizem sua orientação sexual”, de acordo com o deputado.
O PL 3.324/2025 foi apresentado após a professora trans Emy Mateus Santos, de 25 anos, se fantasiar de Barbie na abertura do ano letivo de uma escola em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A docente leciona Artes Cênicas, Teatro e Dança.
Segundo bolsonarista Cristiano Caporezzo, o caso “demonstra como alguns professores utilizam a posição de destaque enquanto docentes para tentar transmitir para as crianças uma postura de autoafirmação das suas preferências sexuais”.
Professores na mira dos bolsonaristas
O deputado bolsonarista destacou que “a vestimenta do professor deve ser neutra e estar de acordo com a liturgia do cargo, não devendo ser utilizada para transmitir referências privadas do professor”.
Ele afirmou à rádio Itatiaia que, embora respeite a liberdade individual de cada um, considera que “o ambiente escolar é um ambiente para ensinar as disciplinas inerentes ao período de aprendizagem, do conteúdo programático, português, matemática, ciências e, enfim, as demais matérias”.
Caporezzo disse que o objetivo do projeto de lei é “dar um basta à militância LGBT em sala de aula”.
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