Manaus registra 14 dias de qualidade do ar considerada péssima. O levantamento foi feito hoje pelo Portal A Crítica, do Amazonas, com base nos dados da plataforma AQI, e aponta a capital do Amazonas como a pior das Américas. A causa são os focos de queimadas.
Nos dias 5, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 26, 27, 29 e 30 de outubro e nos três primeiros dias de novembro, a população de Manaus tem respirarado ar poluído por fumaça. Origem são queimadas, principalmente no estado vizinho Pará.
Hoje, o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva) apontou que a qualidade do ar nas zonas Centro-Oeste e Sul de Manaus são consideradas péssimas, com índices de 109.4 MP2.5 e 121.5 MP2.5 (partículas finas ou respiráveis), respectivamente.
Segundo a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), a qualidade do ar é considerada boa e satisfatória quando está em até 50 MP2.5. Neste caso, há pouco ou nenhum risco para a saúde humana.
Já as demais áreas de Manaus, como a Leste, Norte e Oeste estão com a qualidade do ar muito ruim, com índices de 101.5 MP2.5, 92.6 MP2.5 e 88.5 MP2.5, respectivamente. O Centro da capital, na zona Centro-Sul, está com índices também ruim (105.3).
QUEIMADAS
De acordo com a plataforma Windy, que monitora em tempo real os focos de queimadas, o Estado do Pará concentra grande parte dos incêndios e as correntes de ar transportam toda fumaça para o Amazonas.
Dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que, entre os dias 1º e 31 de outubro, o Pará registrou 11.150 mil focos de queimadas, 49% a mais do que no mesmo período de 2022, quando foram registrados 7.469 mil.
Cidades paraenses como Portel, Uruará, Pacajá, Altamira e São Félix do Xingu são os municípios com mais registros de queimadas. No Amazonas, entre 1º e 31 de outubro, foram registrados 3.799 mil focos de queimadas. No mesmo período do ano passado, foram 612 focos — aumento percentual de 520%.
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