(Folhapress) – O dono da boate D-Edge, Renato Ratier, criticou as declarações da cantora Baby do Brasil feitas na última segunda-feira (10), durante um culto no local — o primeiro evento do tipo no espaço de música eletrônica.
Na ocasião, Baby havia pedido que vítimas de abusos sexuais perdoassem seus agressores. “Perdoa tudo o que você tiver no seu coração aqui, hoje, nesse lugar. Perdoa. Se teve abuso sexual, perdoa. Se foi da família, perdoa”, afirmou a cantora.
“Deixo claro que sou absolutamente contra qualquer tipo de abuso e discriminação e que todo crime deve ser denunciado e apurado”, disse Ratier, por meio de um comunicado divulgado na tarde desta quarta-feira (12).
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O empresário disse também que buscou criar um espaço de conexão, acolhimento e fé com a realização do culto de Baby.
“Sempre defendi que a justiça deve ser feita e que nenhum tipo de violência pode ser minimizada ou tolerada. Este é um problema grave que exige uma resposta contundente e a implementação de políticas públicas que protejam as vítimas e punam os agressores.”
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Na nota, Ratier também critica a chamada “cura gay”, ideia sem evidência científica que foi exaltada no evento. O discurso foi atribuído por ele a um convidado para falar de última hora no culto, sem seu consentimento, segundo a nota.
“Também quero reforçar que não acredito na chamada ‘cura gay’ — essa ideia não existe e jamais fez parte dos meus valores. Minha trajetória sempre esteve pautada no respeito e no apoio à comunidade LGBTQIAPN+, algo que se reflete, inclusive, na programação do próprio D-Edge, que sempre abriu espaço para a diversidade.”
Segundo o dono do local, não vão mais ser realizados cultos na boate. “Importante ressaltar que o D-Edge não alterou sua proposta. O evento do culto foi uma exceção isolada e não irá mais acontecer. A casa continua com suas atividades normais, oferecendo a cada noite um espaço de música eletrônica, como sempre fez ao longo dos seus 25 anos de história.”
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