O aumento das tensões na disputa comercial entre a China e os Estados Unidos pode favorecer o comércio entre o Brasil e o país asiático. Em entrevista à Folha de S. Paulo , Wang Huiyao, ex-conselheiro econômico do Conselho de Estado da China e presidente do think tank Centro para China e Globalização (CCG), afirmou que, caso o impasse com Washington se estenda, Pequim está aberta a aumentar suas da América Latina, com destaque para o Brasil.
“Se houver atrito comercial, a China certamente comprará mais do Brasil e da América Latina”, destacou Wang. A declaração ocorre depois que o governo dos Estados Unidos anunciou a aplicação de novas tarifas de 10% sobre produtos chineses. Em consequência, a China aplicou taxas de 15% para carvão e gás, além de 10% para petróleo e equipamentos agrícolas, e implementou restrições sobre minerais estratégicos, como o tungstênio. No entanto, essas medidas só deverão entrar em vigor na próxima semana, o que ainda poderá permitir espaço para negociações.
Efeito Trump deve diversificar importações da China e favorecer parceiros estratégicos
O Brasil pode se beneficiar desse cenário, já que a China vem ampliando a compra de commodities brasileiras, como soja, carne bovina e minério de ferro. Com as tarifas impostas pelos Estados Unidos, a tendência é que Pequim diversifique ainda mais suas importações, favorecendo parceiros comerciais estratégicos.
Se Washington mantiver sua postura de tarifas agressivas, a China poderá acelerar esse processo, fortalecendo suas relações comerciais com os países da América Latina. No entanto, o distribuidor dessa disputa dependerá da capacidade de negociação entre as duas maiores economias do mundo. Caso um acordo não seja um progresso, o Brasil poderá se destacar como um dos principais beneficiários da reconfiguração do comércio global.
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