Depois do cavalo de pau da véspera, quando fechou com alta de quase 3%, o Ibovespa fechou a sexta-feira (31) com baixa de 0,61%, aos 126.134,94 pontos, uma perda de 777,84 pontos. Porém, o principal indicador da Bolsa brasileira encerrou a semana com ganho acumulado de 3,18% e o mês, com avanço de 5,03%, a primeira alta mensal desde agosto de 2024.
Os fatores que pesaram para o desempenho da Bolsa hoje foram as Bolsas de Nova York, que fecharam com baixa generalizada, a Vale (VALE3) e os bancos.
Lá fora, o presidente dos EUA, Donald Trump, confirmou que vai impor tarifas contra o Canadá, China e México a partir deste sábado (1º).
No cenário doméstico, os investidores reagiram a novos dados econômicos, entre eles a taxa de desemprego, que ficou em 6,2% no trimestre até dezembro e em 6,4% nos três meses até setembro. Os dados ficaram ligeiramente acima do esperado por analistas.
Com o resultado, a taxa média anual de desemprego foi de 6,6% em 2024 e de 7,8% em 2023, marcando o resultado anual mais baixo da série histórica iniciada em 2012.
Outra notícia foi que a Petrobras definiu reajuste de R$ 0,22 no preço do litro do diesel nas refinarias. A alta de 6,29% valerá a partir deste sábado (1º/2), mesma data em que entrará em vigor o aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do diesel e da gasolina por decisão dos estados.
Por fim, o Banco Central divulgou que as contas públicas registraram déficit primário de R$ 47,553 bilhões em 2024, o que corresponde a 0,4% do PIB (Produto Interno Bruto). Já a dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou dezembro em 76,1%, contra 77,7% no mês anterior. Já a dívida líquida foi a 61,1%, de 61,2% em novembro.
Dólar
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,8366, com queda de 0,28% — a décima consecutiva. Na semana, a divisa acumulou baixa de 1,39%. Já no mês, a moeda norte-americana se desvalorizou 5,56% — a maior queda mensal desde junho de 2023, quando recuou 5,60%.
Mercado externo
As bolsas de Nova York encerraram a última sessão do mês repercutindo os dados da inflação do consumidor medida pelo PCE, a confirmação da imposição de tarifas de importação pelo governo Trump e balanços corporativos do quarto trimestre.
O índice de preços (PCE) do país subiu 0,3% em dezembro, segundo o Bureau of Economic Analysis (BEA). Em um ano, o indicador ficou em 2,6% — acima da meta de 2% perseguida pelo Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense). Os números vieram em linha com o esperado.
No final da tarde, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou a imposição das tarifas de 25% sobre produtos mexicanos e canadenses e de 10% sobre a China. As medidas entram em vigor neste sábado (1º).
O Dow Jones caiu 0,75%, aos 44.544,66 pontos; o S&P 500, -0,50%, aos 6.040,53 pontos; e o Nasdaq, -0,28%, aos 19.627,44 pontos.