O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) também permite o financiamento de imóveis usados — e não apenas de unidades novas. A possibilidade existe desde fevereiro de 2023, quando novas regras passaram a ser implementadas para ampliar ou restringir o acesso a esse tipo de compra.
O financiamento de imóveis usados pelo Minha Casa, Minha Vida pode ser vantajoso: as taxas de juros praticadas são bem mais baixas que as do mercado tradicional, especialmente em um cenário de crédito caro e juros altos no país. Porém, há limites de faixas de renda e valores de entrada obrigatórios que mudam conforme o perfil do comprador e a localização do imóvel.
A seguir, confira as principais regras atualizadas para quem quer financiar imóveis usados pelo programa habitacional do governo federal.
Minha Casa, Minha Vida: Quem pode financiar imóveis usados?
A Caixa Econômica Federal, operadora do programa, aplica os mesmos critérios básicos usados no financiamento de imóveis novos. Ou seja, o comprador:
- Não pode possuir outro imóvel no município onde pretende comprar;
- Não pode ter sido beneficiado por outro programa habitacional;
- Precisa comprovar renda compatível com a faixa de financiamento;
- Deve ter capacidade de pagamento das parcelas.
É importante lembrar que um imóvel é considerado “usado” se o seu “habite-se” (documento emitido pela prefeitura) tiver mais de 180 dias.
Faixas de renda e taxas de juros
O Minha Casa, Minha Vida possui quatro faixas de renda:
- Faixa 1 a 3: para famílias com renda de até R$ 8 mil, com juros de 4% a 8,16% ao ano (a depender da região).
- Faixa 4 (criada em 2024): permite financiamento de imóveis usados para quem ganha até R$ 12 mil, com juros de até 10% ao ano.
- Em comparação, o financiamento imobiliário tradicional gira em torno de 12% ao ano. Portanto, mesmo com algumas exigências extras, o MCMV continua sendo uma alternativa mais barata.
O que mudou nas regras
A alta na procura por imóveis usados dentro do Minha Casa, Minha Vida — que chegou a representar 27% dos financiamentos em 2024, o maior índice da história — levou o governo a restringir o acesso a essa modalidade para equilibrar os recursos do FGTS, principal fonte de financiamento do programa habitacional.
Em agosto de 2024, uma normativa reduziu:
- O valor máximo do imóvel usado na faixa 3, de R$ 350 mil para R$ 270 mil;
- E aumentou o valor mínimo de entrada exigido.
Porém, houve flexibilização em 2025, ano em que o governo voltou atrás em parte das restrições e reduziu o valor de entrada exigido para a faixa 3. Veja como ficou:
Para imóveis de até R$ 270 mil:
Regiões Sul e Sudeste:
✔️ Antes: entrada de R$ 135 mil (50% do valor).
✔️ Agora: entrada de R$ 94,5 mil (35%).
Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste:
✔️ Antes: entrada de R$ 81 mil (30%).
✔️ Agora: entrada de R$ 54 mil (20%).
Em resumo:
- Imóveis usados podem ser financiados pelo Minha Casa, Minha Vida;
- É preciso atender aos critérios de renda e não possuir outro imóvel;
- O valor máximo na faixa 3 é de R$ 270 mil;
- Entrada mínima caiu para 35% ou 20%, dependendo da região;
- Os juros são mais baixos que os do mercado tradicional.
Pergunte ao Chat ICL
Relacionados
Lula diz que usará lei da reciprocidade se OMC não agir contra tarifaço de Trump
Segundo Lula, os números comerciais não sustentam a narrativa de que os Estados Unidos têm prejuízos com o Brasil
Minha Casa, Minha Vida também financia imóveis usados; veja se você se enquadra
Além de imóveis novos, a linha de financiamento também pode ser usada em casas e apartamentos usados
Lula elogia Congresso, prega conciliação e diz que será reeleito em 2026
'Se tudo tiver como eu estou pensando, esse país vai ter pela primeira vez um presidente eleito quatro vezes', disse Lula