Os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo positivo, nesta manhã de quarta-feira (15), com os investidores aguardando a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e o Livro Bege, relatório sobre as atuais condições econômicas em cada um dos 12 distritos do Reserva Federal, cobrindo todo o território dos EUA. Na véspera, foi divulgado os dados de inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês), que apontou alta moderada.
Depois de o payroll, divulgado na semana passada, mostrar um mercado de trabalho mais aquecido do que o esperado, agora os agentes monitoram as informações dos indicadores de inflação, a fim de balizarem as apostas sobre os rumos da política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense). A reunião da autoridade monetária acontece nos dias 28 e 29 de janeiro.
A expectativa dos agentes é de que o Fed mantenha as taxas de juros inalteradas. A precificação dos mercados atribui uma chance de 97% de as taxas permanecerem na banda atual de 4,25% a 4,5% em março, conforme dados da ferramenta CME FedWatch.
Na seara corporativa, os lucros do quarto trimestre de 2024 nos Estados Unidos começarão a ser divulgados hoje, com resultados de alguns dos maiores bancos do país, incluindo Citi e JPMorgan.
No Brasil, será divulgado o Índice de Atividades do Setor de Serviços referente a novembro. A expectativa do mercado é de retração de 0,3% no mês, mas alta anual de 3,4%.
Também será divulgado o saldo do governo central, também referente a novembro, é esperado déficit de R$ 6,6 bilhões, refletindo o comportamento das receitas e despesas públicas.
Já o fluxo cambial semanal deve avaliar entradas e saídas de capital no país, dados frequentemente monitorados por investidores estrangeiros.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (14) com alta de 0,25%, aos 119.298,67 pontos, ganho leve de 291,74 pontos.
O fechamento no positivo ocorreu graças ao apoio dos pesos-pesados do indicador, como os bancos (acima do 1% na média) e a Vale (VALE3, +0,66%), que tiveram os ganhos impulsionados no fim do pregão, ajudando o IBOV a encerrar o dia no azul. A Petrobras (PETR4), por sua vez, recuou 0,67% acompanhou a baixa do petróleo internacional. Mas o PETR3 ganhou 0,42%, ajudando a equilibrar o quadro.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 6,0464 (-0,85%).
Europa
As bolsas europeias operam no campo positivo, enquanto os investidores aguardam os últimos dados de inflação dos EUA e dados da produção industrial da zona do euro.
A inflação do Reino Unido caiu para 2,5%, abaixo do esperado, enquanto a expectativa de analistas era de que ela permaneceria inalterada em relação a novembro (+2,6%).
FTSE 100 (Reino Unido): +0,73%
DAX (Alemanha): +0,10%
CAC 40 (França): -0,11%
FTSE MIB (Itália): +0,24%
STOXX 600: +0,24%
Estados Unidos
Os índices futuros operam no campo positivo, enquanto os agentes esperam a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e acompanham os discursos de membros do Fed, o banco central estadunidense.
Dow Jones Futuro: +0,07%
S&P 500 Futuro: +0,06%
Nasdaq Futuro: +0,13%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam mistas. Os indicadores chineses subiram em reação à notícia de que o Banco Popular da China injetou uma quantidade quase histórica de dinheiro de curto prazo em seu sistema financeiro na quarta-feira (14), aumentando o suporte de liquidez em meio a uma escassez de dinheiro com o feriado de ano-novo se aproximando. As taxas de empréstimos interbancários de curto prazo da China caíram.
Shanghai SE (China), +0,43%
Nikkei (Japão): -0,08%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,34%
Kospi (Coreia do Sul): -0,02%
ASX 200 (Austrália): +0,22%
Petróleo
Os preços do petróleo sobem após queda da véspera, impulsionados pela redução nos estoques de petróleo bruto nos EUA e pelas expectativas de interrupções no fornecimento devido às sanções a navios-tanque russos, apesar das previsões de menor demanda global por combustível.
Petróleo WTI, +0,62%, a US$ 77,98 o barril
Petróleo Brent, +0,48%, a US$ 80,30 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, serão divulgados o índice de preços ao consumidor de dezembro e o Livro Bege.
Por aqui, no Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou ontem que o governo pretende enviar a proposta de reforma do Imposto de Renda ao Legislativo somente após a eleição das mesas diretoras da Câmara e do Senado, marcada para fevereiro. Segundo Haddad, o Orçamento de 2025 deverá incluir a isenção de IR para trabalhadores com renda de até dois salários mínimos, conforme o parâmetro do ano passado. O governo planeja ampliar a faixa de isenção para R$ 5 mil, mas a medida ainda não foi formalizada. Haddad também informou que o presidente Lula deve sancionar nesta semana a regulamentação da reforma tributária sobre consumo, com “alguns poucos vetos” técnicos, sem comprometer os pilares do projeto.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
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