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Índices futuros dos EUA abrem em baixa com tensão geopolítica no radar

Investidores reagem a possível escalada militar entre EUA e Irã
20/06/2025 | 07h46
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Os índices futuros de ações nos Estados Unidos operam em queda nesta sexta-feira (20), com os mercados reabrindo após o feriado de Juneteenth sob o peso das incertezas geopolíticas. O presidente Donald Trump afirmou que decidirá em até duas semanas se os EUA se envolverão diretamente na guerra entre Israel e Irã, ampliando o clima de cautela global.

Na semana, o S&P 500 avança 0,07%, o Nasdaq sobe 1%, e o Dow Jones recua 0,06%.

Nos EUA, o Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) manteve os juros entre 4,25% e 4,50% e sinalizou incerteza quanto ao ritmo de cortes até o fim do ano, diante da expectativa de desaceleração econômica — com PIB (Produto Interno Bruto) estimado em 1,4% e desemprego em 4,5%.

No Brasil, investidores digerem a elevação da Selic de 14,75% para 15% ao ano, o maior nível desde 2006. A decisão unânime do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central indica uma possível pausa no ciclo de alta, à espera de efeitos acumulados sobre a inflação.

Com agenda de indicadores esvaziada no Brasil, devido ao feriado prolongado de Corpus Christi, nos EUA, serão divulgados dados do índice de manufatura do Fed da Filadélfia e os Indicadores Antecedentes do Conference Board. Negociações diplomáticas entre potências ocidentais e o Irã também estão no radar dos mercados.

Brasil

O Ibovespa encerrou a quarta-feira (18) com leve baixa de 0,09%, aos 138.716 pontos, refletindo a decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), que manteve os juros inalterados e à espera da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central que, depois do fechamento do mercado, anunciou alta de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, para 15% ao ano.

Nos EUA, o Federal Reserve adotou tom mais conservador. Jerome Powell, Chairman da autoridade monetária, sinalizou dois cortes até o fim do ano, mas condicionou movimentos futuros à evolução da inflação e ao impacto das tarifas comerciais. “Sabemos que a inflação está chegando, só não sabemos o tamanho dela”, afirmou.

O dólar comercial fechou praticamente estável, com alta de 0,04%, a R$ 5,50. Os juros futuros (DIs) oscilaram, com viés de alta.

Depois de permanecer fechada na quinta-feira (19) devido ao feriado de Corpus Christi, a B3, a Bolsa brasileira, retoma as operações nesta sexta-feira (20).

Europa

Os mercados europeus sobem após três dias de queda, em meio à cautela com o conflito no Oriente Médio. No Reino Unido, vendas no varejo recuaram 2,7% em maio, pior resultado desde dezembro e bem abaixo das projeções. O dado reforça sinais de fraqueza no consumo britânico.

STOXX 600: +0,63%
DAX (Alemanha): +0,95%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,51%
CAC 40 (França): +0,73%
FTSE MIB (Itália): +1,10%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA recuam nesta manhã, com a cautela dominando os mercados diante das crescentes tensões no Oriente Médio e das sinalizações do Federal Reserve sobre juros. Jerome Powell, chairman do banco central estadunidense, indicou que não há pressa para cortes, reforçando a dependência dos dados econômicos. Trump voltou a criticar o Fed, enquanto investidores aguardam novos indicadores nesta sexta-feira.

Dow Jones Futuro: -0,06%
S&P 500 Futuro: -0,08%
Nasdaq Futuro: -0,08%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam de forma mista após a China manter as taxas de referência estáveis, enquanto os investidores monitoram as crescentes tensões entre Israel e o Irã.

Shanghai SE (China), -0,07%
Nikkei (Japão): -0,22%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,93%
Kospi (Coreia do Sul): +1,48%
ASX 200 (Austrália): -0,21%

Petróleo

Os preços do petróleo Brent recuaram cerca de US$ 2 nesta sexta-feira, após a Casa Branca adiar uma decisão sobre o possível envolvimento dos EUA no conflito entre Israel e Irã. Ainda assim, a commodity caminha para a terceira semana consecutiva de alta.

Petróleo WTI, +0,69%, a US$ 75,66 o barril
Petróleo Brent, -1,92%, a US$ 77,32 o barril

Agenda

Na zona do euro, serão divulgados dados da confiança do consumidor de junho. Nos EUA, serão divulgados dados do índice de manufatura do Fed da Filadélfia e os Indicadores Antecedentes do Conference Board.

Por aqui, no Brasil, o Brasil subiu para a segunda posição no ranking global de juros reais, segundo levantamento da MoneYou e Lev Intelligence, elaborado pelo economista-chefe Jason Vieira. Com a elevação da Selic para 15%, os juros reais no país chegam a 9,53%, descontada a inflação. Mesmo que o Copom tivesse mantido a taxa em 14,75%, o Brasil seguiria na mesma colocação, com juros reais de 9,36%. O país fica atrás apenas da Turquia, que lidera com 14,44%, e à frente de Rússia, Argentina e África do Sul. A média global de juros reais é de 1,67%. O relatório aponta que, apesar da pressão fiscal e da alta dos alimentos, a maioria dos países mantém ou reduz juros.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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