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Economia

Índices futuros operam mistos após sinais de Powell sobre política monetária

Por aqui, o mercado brasileiro aguarda a divulgação de venda de veículos e a balança comercial, ambos de novembro
05/12/2024 | 08h18

Os índices futuros dos Estados Unidos começam a quinta-feira (5) operando mistos, com os investidores digerindo o discurso do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), Jerome Powell, na véspera.

Powell disse que a economia norte-americana está mais forte do que parecia em setembro, quando o banco central dos Estados Unidos começou a reduzir a taxa básica de juros, permitindo que formuladores de política monetária sejam potencialmente mais cautelosos ao reduzir ainda mais os custos de empréstimos.

“Podemos nos dar ao luxo de sermos um pouco mais cautelosos ao tentarmos encontrar a neutralidade” com a política de juros, afirmou Powell em um evento do New York Times.

As falas provavelmente serão as últimos antes de um período de silêncio para as autoridades do Fed antes da reunião de 17 e 18 de dezembro. Antes da fala dele, investidores estavam se inclinando para uma expectativa de um terceiro corte consecutivo nas taxas de juros.

Amanhã (6), os investidores terão um elemento a mais para medir a saúde da economia dos EUA, quando será divulgado o relatório de folha de pagamentos payroll de novembro.

Na Europa, as bolsas operam no positivo com os investidores acompanhando os desdobramentos da crise política na França, depois da queda do primeiro-ministro Michel Barnier ontem.

Moções foram apresentadas pelos blocos de esquerda e direita na segunda-feira, depois que Barnier, que está no poder há apenas três meses, usou poderes constitucionais especiais para forçar a aprovação de um projeto de lei de orçamento da seguridade social no Parlamento sem votação.

Por aqui, o mercado brasileiro aguarda com atenção a divulgação hoje de importantes indicadores econômicos, entre os quais estão produção e venda de veículos em novembro e o Relatório da Pesquisa de Estabilidade Financeira e Balança comercial, também do mês passado.

Brasil

Ibovespa fechou a quarta-feira (4) com leve queda de 0,04%, aos 126.087,02 pontos, após o respiro no dia anterior.

O que provocou a queda do principal indicador da Bolsa brasileira foi o rumor sobre a possível saída do presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, da companhia. Notícias veiculadas ontem à tarde informavam que Mendes será substituído por Bruno Moretti, secretário de análise governamental do ministro Rui Costa.

O boato fez com que as ações da petroleira (PETR4) registrassem queda de 0,63% no fechamento. A forte queda do petróleo internacional também contribuiu.

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 6,0457, com queda de 0,21%.

Europa

As bolsas europeias operam em alta hoje, com os investidores de olho nos desdobramentos da queda do primeiro-ministro Michel Barnier.

O agora ex-primeiro-ministro usou poderes constitucionais especiais para forçar a aprovação de um projeto de lei de orçamento da seguridade social no Parlamento sem votação.

Em outra frente, a petrolífera Shell e a norueguesa Equinor anunciaram planos de combinar seus ativos offshore britânicos de petróleo e gás para criar uma empresa de energia de propriedade conjunta em Aberdeen, Escócia, que deverá se tornar a maior produtora independente do Mar do Norte do Reino Unido.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,10%
DAX (Alemanha): +0,24%
CAC 40 (França): +0,54%
FTSE MIB (Itália): +0,59%
STOXX 600: +0,30%

Estados Unidos

Os ativos dos Estados Unidos operam mistos nesta manhã, depois que o índice Dow Jones avançou 308,51 pontos na véspera, ou 0,69%, para 45.014,04, cruzando o limite de 45.000 pela primeira vez. O S&P 500 ganhou 0,61%, fechando em 6.086,49, enquanto o Nasdaq Composite, de alta tecnologia, avançou 1,3%, fechando em 19.735,12.

Dow Jones Futuro: +0,06%
S&P 500 Futuro: -0,05%
Nasdaq Futuro: -0,19%

Ásia

As bolsas asiáticas majoritariamente com alta, acompanhando os recordes dos indicadores de Wall Street. Enquanto isso, os investidores continuam monitorando a situação política na Coreia do Sul. Os legisladores entraram com uma moção para impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, após ele tentar instituir uma lei marcial.

Shanghai SE (China), +0,12%
Nikkei (Japão): +0,30%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,92%
Kospi (Coreia do Sul): -0,90%
ASX 200 (Austrália): +0,5%

Petróleo

Os preços do petróleo opera em baixa, com todos os olhos voltados para a decisão de fornecimento da OPEP+, enquanto investidores monitoram a tensão no Oriente Médio.

Petróleo WTI, +0,29%, a US$ 68,74 o barril
Petróleo Brent, +0,26%, a US$ 72,50 o barril

Agenda

Nos EUA, saem os dados das Demissões Anunciadas Challenger (novembro); pedidos por seguro-desemprego semanal e a balança comercial de outubro.

Por aqui, no Brasil, a Câmara aprovou ontem (4) o regime de urgência para dois projetos do pacote de corte de gastos apresentado pelo governo para cumprir a meta fiscal. Com a decisão, as propostas terão a análise acelerada e não precisarão ser votadas nas comissões temáticas. Na seara de indicadores, saem os dados da produção e venda de veículos em novembro e o Relatório da Pesquisa de Estabilidade Financeira e Balança comercial, também do mês passado.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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