Os índices futuros dos EUA e as bolsas europeias operam no campo negativo, nesta manhã de terça-feira (7), dia em que os investidores aguardam dados da Pesquisa de Vagas de Emprego e Rotatividade de Mão de Obra (JOLTs), o primeiro relatório de empregos nos Estados Unidos. Também está no radar dos agentes falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano).
Ontem (6), a governadora do Fed, Lisa Cook, disse que membros da autoridade monetária norte-americana podem adotar uma abordagem mais cautelosa diante de um mercado de trabalho aquecido e pressões inflacionárias persistentes.
Há, ainda, uma expectativa em relação à posse do presidente eleito, o republicano de extrema direita, Donald Trump, e seu plano de tarifas mais severas, o que pode afetar a relação entre Estados Unidos e China.
Uma notícia do jornal Washington Post veiculada na véspera informava que fontes próximas do futuro do governo disseram que Trump deve pegar leve com as tarifas, o que contribuiu para fazer a Bolsa brasileira subir e o dólar cair. Porém, o futuro presidente negou a informação, dizendo que se tratava de “fake news”.
Por aqui, o mercado brasileiro aguarda o Índice de Preço ao Produtor, indicador sobre os preços na ponta inicial da cadeia produtiva, a arrecadação federal, que mostrará o desempenho da receita pública e o IGP-DI de dezembro.
Brasil
O mercado financeiro brasileiro surfou na boa onda vinda do exterior, na segunda-feira (6), mais especificamente do futuro governo dos Estados Unidos. Assessores do presidente eleito Donald Trump, que toma posse no dia 20 de janeiro, disseram a uma reportagem do The Washington Post que o plano tarifário de Trump para sobretaxar países será reduzido.
Depois, como todo bom político da extrema direita, ele negou a informação, dizendo que tudo não passa de “fake news”. Mas a negativa não serviu para mudar a rota dos indicadores.
Ao fim e ao cabo, o Ibovespa acabou fechando o dia com alta de 1,26%, aos 120.021,52 pontos, um ganho de 1.488,84 pontos.
Já o dólar à vista fechou em baixa de 1,11%, aos R$ 6,1143.
Europa
As bolsas europeias já operavam com queda antes da divulgação dos dados de inflação e desemprego na zona do euro. Em dezembro de 2024, a inflação na zona euro aumentou para 2,4% na base anual. O desemprego permanece num mínimo histórico de 6,3 por cento. O setor de serviços foi o elemento com maior aumento de preço no mês passado (4%).
FTSE 100 (Reino Unido): -0,58%
DAX (Alemanha): -0,25%
CAC 40 (França): -0,27%
FTSE MIB (Itália): -1,20%
STOXX 600: -0,36%
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York caem hoje, um dia depois de os indicadores terem fechado mistos após uma notícia do Washington Post informou que a equipe do presidente eleito Donald Trump está considerando um plano para impor tarifas a todos os países, mas apenas sobre “importações críticas”, embora estas não tenham sido especificadas. Trump posteriormente negou a notícia em uma postagem no Truth Social.
Dow Jones Futuro: -0,04%
S&P 500 Futuro: -0,07%
Nasdaq Futuro: -0,10%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, impulsionados principalmente por um aumento nas ações relacionadas à tecnologia. A força no setor de semicondutores veio depois que o chefe da Nvidia Corp., Jensen Huang, revelou novos produtos para o setor, o que impulsionou o otimismo em relação à demanda por IA (inteligência artificial).
Shanghai SE (China), +0,71%
Nikkei (Japão): +1,97%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,22%
Kospi (Coreia do Sul): +0,14%
ASX 200 (Austrália): +0,34%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em baixa pela segunda sessão consecutiva, devido à correção técnica após o rali da semana passada, enquanto as previsões de ampla oferta e um dólar firme também pesaram.
Petróleo WTI, -0,29%, a US$ 73,35 o barril
Petróleo Brent, -0,21%, a US$ 76,14 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, serão divulgados a balança comercial de novembro, o ISM de serviços de dezembro e o relatório Jolts de novembro.
Por aqui, no Brasil, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, reforçou na segunda (6) que o Executivo vai trabalhar no processo de regulamentação das medidas de controle de gastos aprovadas pelo Congresso Nacional. Ele esteve reunido no início da noite com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Nós vamos botar agora a mão na massa, fazer as portarias, os decretos necessários, assim como preparar a reunião ministerial que será na segunda quinzena de janeiro. O presidente quer fazer um balanço dos dois anos de governo, das medidas que foram votadas e do que faremos juntos”, declarou Costa, em conversa com jornalistas.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
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