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Vivian Mesquita

Apresentadora, Repórter e Editora Chefe Executiva com passagens pela Editora Abril, Rede Globo e Canais ESPN Disney. Especialista em esportes de ação em mercado mundial. Profissional com formação consolidada na área de mídia e conteúdo esportivo, com mais de 20 anos de experiência em TV. Relacionamento sólido com a comunidade criativa local, produtoras, talentos, atletas, marcas e mídia. Habilidades em gestão de equipes, processos organizacionais e comunicação. Apresentadora do ICL Notícias - 1ª Edição.

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Em busca de sentido

Como sociedade, estamos enfrentando tempos sombrios e incertos
18/04/2025 | 19h50
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“Em Busca de Sentido” é o nome do meu livro favorito.

O autor, Viktor Frankl, foi professor de neurologia e psiquiatria na Universidade de Viena, psicólogo, filósofo, autor de mais de 32 livros e escalador. Ele foi ainda o pai da logoterapia, uma escola psicoterápica que busca ajudar pessoas a encontrar sentido na vida.

Frankl viveu três anos num campo de concentração nazista, saiu em 1945, aos 40, pesando 25 quilos. Perdeu a esposa, o pai e um irmão. Ele era o prisioneiro número 119.104.

“Em Busca de Sentido” virou best-seller e já foi considerado um dos 10 livros que mudaram o rumo da humanidade. Ele escreveu a obra – já como sobrevivente do holocausto no ano de sua libertação – em apenas nove dias. A intenção era tentar mostrar ao leitor que a vida tem um sentido potencial sob quaisquer circunstâncias, mesmo as mais terríveis e extremas, como a vida em um campo de concentração. Ele não foi apenas um número.

“Como é possível dizer sim à vida apesar de todos os aspectos trágicos da existência humana? Espera-se que um certo otimismo com relação ao nosso futuro possa fluir das lições retiradas do nosso trágico passado”, escreveu em 1983.

A leitura me trouxe esperança em uma das épocas mais difíceis da minha vida: morte do meu pai, divórcio, incertezas, inseguranças e a companhia de um menino de 5 anos que eu precisava conduzir na vida. Vitor (meu filho) foi meu primeiro sentido e depois vieram outros. Nesses 12 anos desde o primeiro contato com a obra, não faltaram tempestades, ondas gigantes quebrando na cabeça e muitas vezes eu não via terra firme.

Encontrar sentido na vida não deve ser uma busca somente nos momentos extremos, é no dia a dia que a gente vai fortalecendo os nossos “por quês” diante dos “como”. A frase é de Nietzsche: “Quem tem por que viver pode suportar quase qualquer como”.

Diante de todos os desafios pessoais, como sociedade, estamos enfrentando tempos sombrios e incertos. Aquilo que conhecemos e reconhecemos hoje pode mudar rapidamente. Seguindo ou não no mesmo lado da trincheira, a vida um dia vai cessar para todos nós, mas até lá, encontrar sentido pode fazer a nossa caminhada um pouco mais digna.

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