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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, na manhã deste sábado (9), telefonema do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. De acordo com comunicado do governo, durante a chamada Lula transmitiu uma “crescente preocupação” dos países da América do Sul sobre a situação no Essequibo, região que os venezuelanos reclamam ser parte do país, mas que integra a Guiana.

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Na ligação, diz o governo, Lula também expôs os termos da declaração sobre o assunto aprovada na Cúpula do Mercosul e assinada por Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina, Colômbia, Peru, Equador e Chile. O presidente brasileiro lembrou a Maduro “a longa tradição de diálogo na América Latina” e acrescentou que a região é de paz.​

Lula fez um chamado ao diálogo e, de acordo com o comunicado, sugeriu que o presidente de turno da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), Ralph Gonsalves, trate do tema com as duas partes. Lula também reiterou que “o Brasil está à disposição para apoiar e acompanhar essas iniciativas” (de diálogo).

Para o presidente do Brasil, é importante “evitar medidas unilaterais que levem a uma escalada da situação”.

Entenda o caso

Recentemente, em 3 de dezembro, a Venezuela promoveu um plebiscito para decidir se a região de Essequibo, na Guiana, deveria ser anexada ao país. O referendo foi aprovado pela maioria da população, e o presidente Nicolás Maduro iniciou movimentos para reclamar o território e criar um estado venezuelano na região.

Em 2015, se descobriu que a região de Essequibo tem grades reservas de petróleo. Seria o equivalente a 11 bilhões de barris, grande parte estaria na costa, ou seja, no mar na altura de Essequibo. Devido à crescente demanda por petróleo, a Guiana é o país da América do Sul que mais creceu nos últimos anos.

Na última quinta-feira (7), os Estados Unidos anunciaram que fariam exercícios militares da Guiana — e também em Essequibo. O aumento na tensão na região também fez com que o governo brasileiro enviasse reforços à fronteira que une Brasil, Guiana e Venezuela.

 

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