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A última semana foi marcada por um alto volume de menções ao episódio envolvendo Elon Musk e Alexandre de Moraes no X (antigo Twitter).

As centenas de milhares de menções ao episódio reúnem bolsonaristas, egressos do lavajatismo e dá indícios de despertar o interesse de setores da imprensa tradicional. Interesse este que, nas últimas 24h, já rendeu um “erramos” oriundo da Folha de São Paulo que foi bastante criticado por usuários ligados ao antibolsonarismo.

No entanto, a blitzkrieg bolsonarista gera uma dúvida: qual o real alcance deste debate sobre a “Twitter Files” no dia a dia — nas redes sociais — aqui no Brasil? Para tentar avançar nessa questão analisei duas plataformas distintas: Instagram e X (Twitter).

No Instagram podemos ter uma dimensão dos efeitos da câmara de eco: ao analisarmos as mais de 1.000 publicações com maior volume de interações no Instagram-BR ao longo dos últimos sete dias, registramos que páginas de extrema-direita respondem por 1.1% do total de interações.

Imprensa e esquerda responderam por 0.2% cada uma e, outros temas — que vão desde BBB até futebol, passando por música e universo de influencers respondeu por 98.7%.

Ainda que o volume gerado pela extrema direita seja 5.5x maior do que o da esquerda, estamos falando de uma porcentagem ínfima deste debate no contexto online brasileiro.

Se considerarmos o X (Twitter) observamos uma diferença importante: nesta plataforma o debate político respondeu, no Brasil, por uma porcentagem que oscilou entre 12.5% e 7.2% ao longo dos últimos sete dias.

Assim, em determinados momentos ele foi possivelmente 8x maior do que o registrado no Instagram, por exemplo.

Para além de conclusões precipitadas, é importante levarmos em consideração o peso deste debate em plataformas e do debate que nelas ocorrem, para que a sociedade não interprete como buzz digno de Taylor Swift o que é apenas gritaria de Twitter Files.

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