Por Marcelo Ferreira e Fabiana Reinholz — Brasil de Fato
Luciano Hang foi homenageado na Câmara dos Deputados. Um requerimento de moção de aplausos apresentado pelo deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) na Comissão de Segurança Pública foi aprovado na última terça-feira (14), reconhecendo a atuação exemplar o empresário em apoio ao Rio Grande do Sul durante a tragédia climática em função das chuvas. No passado, no entanto, ele deu declarações polêmicas em relação à legislação de proteção ambiental.
Na semana passada, o mesmo requerimento foi rejeitado por não conseguir os votos necessários. Além da moção em favor do empresário, Bilynskyj também apresentou requerimento de moção de repúdio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com base em fake news, por uma suposta “demora em mobilizar o Exército Brasileiro para atuar no resgate e apoio no Estado”.
Luciano Hang, porém, defendeu não polarizar a catástrofe. Em entrevista à Folha de S. Paulo no dia 11 de maio, ele afirmou que os governos federal, estadual e municipais estão atuando em conjunto na recuperação do estado após a tragédia.
Luciano Hang: polêmicas
Em que pese o reconhecimento da Câmara, no passado o empresário deu declarações polêmicas em relação à legislação de proteção ambiental. Em uma reunião na Câmara de Vereadores de Joinville–SC no ano de 2019, disse que as políticas para o meio ambiente eram “um verdadeiro câncer nesse país”. Ele criticava a burocracia para construir lojas, sobretudo do ponto de vista da legislação ambiental.
“O problema nosso não é conseguir o terreno pra construir a loja, a primeira pergunta que vem na minha cabeça é: será que eu vou conseguir o alvará, será que eu vou conseguir a licença? Nem se fala do problema ambiental, que é um verdadeiro câncer nesse país. É a Sama [Secretaria do Meio Ambiente] aqui de vocês né? Isso é o inferno né, os ambientalistas”, disse Hang na ocasião.
Nessa época, o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) havia pedido a suspensão da construção da unidade em Joinville. Pedia investigação após a loja obter licença ambiental prévia para construção na área que aguardava conclusão de perícia para verificar se houve aterramento de curso hídrico e nascente.
O Brasil de Fato entrou em contato por WhatsApp e e-mail com a Havan para obter um posicionamento atual de Luciano Hang sobre o tema, mas até agora não obteve resposta. O espaço segue aberto para a manifestação do empresário.
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