(UOL/Folhapress) – Juliana Leite Rangel, 26, baleada na cabeça durante abordagem da Polícia Rodoviária Federal em Duque de Caxias (RJ) na véspera de Natal, está conseguindo caminhar, informou boletim médico publicado neste sábado (18).
Jovem está acordada, lúcida, se comunicando e consegue caminhar com auxílio, diz nota divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias. Ela segue internada no CTI (Centro de Terapia Intensivo) do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, sem previsão de alta.
Ela está sendo acompanhada por uma equipe multidisciplinar, que envolve neurocirurgiões, psicólogos e fisioterapeutas. Juliana não precisa mais de ventilação mecânica e não está mais tomando antibióticos.
Juliana está internada desde 24 de dezembro, quando foi baleada durante uma abordagem da PRF na rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ela estava no carro com os pais, o irmão e a cunhada, rumo a casa de um parente em Niterói para passar a ceia de Natal.
Família diz que agentes da PRF não deram ordem de parada
O pai de Juliana, Alexandre, disse que os agentes não deram ordem de parada e dispararam mais de 30 tiros contra o carro. Os policiais alegaram que a família abriu fogo contra eles primeiro. “Eu falei ‘aqui tem família, aqui tem família’. Eles falaram: ‘Vocês atiraram na gente’. Eu falei: ‘Nem arma eu tenho. Como eu vou atirar em vocês se nem arma eu tenho?”, contou ele.
A mãe de Juliana, Deyse, contou que, quando os policiais perceberam o erro, um deles “botou a mão na cabeça e ficou batendo no chão igual a um maluco”. “Ele viu a m*rda que ele fez, e eles não socorreram a Juliana”, disse.
PRF informou que agentes envolvidos foram afastados. Uma investigação está em andamento desde o último dia 25 de dezembro.
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