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A deputada federal bolsonarista Júlia Zanatta (PL-SC) perdeu um processo que moveu na Justiça contra o influenciador Felipe Neto. O processo foi aberto pela parlamentar após Felipe comentar que a tiara de flores comumente usada pela deputada é tida por muitas pessoas um “símbolo de apologia ao nazismo”.

No processo, Júlia Zanatta pedia uma indenização por dano moral e a remoção da publicação. Em outubro, a Justiça de Santa Catarina realizará uma audiência de conciliação para analisar o caso.

“Não podem ser extraídos elementos que demonstram a probabilidade do direito invocado, de modo a impedir que a parte ré exerça seu direito de manifestação”, decidiu a juíza Bertha Steckert Agacci.

Felipe Neto

Em seu perfil na rede social “X”, Felipe Neto se manifestou sobre a decisão da Justiça de Santa Catarina. “É necessário entender a diferença entre ataque de ódio e crítica protegida pela liberdade de expressão”, disse Felipe.

“Tivesse a deputada lido a publicação com inteligência, veria que eu deixo claro que ela nega ter o nazismo como motivação para a tiara. Mas pedir pra bolsonarista ler alguma coisa com inteligência é uma tarefa difícil, de fato”, completou.

Júlia Zanatta

No início deste mês, a deputada Júlia Zanatta entrou com um processo contra a jornalista Amanda Miranda. (Foto: Câmara dos Deputados)

A deputada bolsonarista, nas redes sociais, disse que Felipe “parece se sentir no direito de incitar ódio, colocando em risco famílias e reputações”. “Para ele e sua turma, liberdade de expressão significa fazer graves acusações disfarçadas de críticas”, declarou.

No início deste mês, a deputada Júlia Zanatta entrou com um processo contra a jornalista Amanda Miranda, que publicou denúncia em que mostrava que a parlamentar teria efetuado pagamento de R$ 5 mil para um jornal de Tijucas, no interior do estado, que publica apenas notícias elogiosas à bolsonarista.

A nota fiscal cita “criação e distribuição de conteúdos para fins de divulgação da atividade parlamentar”, tratando conteúdo jornalístico como se fosse publicitário.

As ações contra Amanda Miranda se referem a um “tweet” em que a jornalista mostra, via Portal da Transparência da Câmara dos Deputados, que o gabinete da bolsonarista Julia Zanatta teria solicitado matérias favoráveis na publicação. A nota foi emitida em 8 de novembro de 2023.

 

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