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Após três anos de buscas, Justiça cita Marcelinho Carioca por dívida de hospital

Ação foi aberta por advogada que alega ter arcado com custos do tratamento da mãe do ex-jogador
17/06/2024 | 12h31

A Justiça de São Paulo decidiu citar o ex-jogador Marcelinho Carioca por meio de um edital após três anos tentando encontrar o ex-atacante para responder por uma cobrança de dívida de R$ 123 mil.

A ação foi aberta por uma advogada que alega ter arcado com os custos do tratamento da mãe do ex-atleta, Sueli, em um hospital.

A citação a Marcelinho Carioca foi publicada no Diário Oficial, por ordem do juiz Silas Dias de Oliveira Filho, da 5ª Vara Cível, do Foro de Santo André. A informação foi dada inicialmente pelo jornalista Diego Garcia, do site UOL.

A citação por edital é uma modalidade excepcional e ocorre após o esgotamento de todos os demais meios possíveis para a realização da citação da pessoa acionada na Justiça.

A primeira tentativa da Justiça para encontrar Marcelinho Carioca foi feita em agosto de 2011, mas a carta de citação foi recebida por um porteiro.

Outras tentativas foram feitas até que, em julho de 2022, um funcionário do prédio disse que o ex-jogador havia se mudado.

Em seguida, a Justiça tentou localizar Marcelinho em locais de trabalho como uma rádio em Guarulhos, e até na Secretaria Municipal de Esportes da Prefeitura de Itaquaquecetuba, onde ele exerceu cargo. O ex-jogador nunca foi encontrado.

Também foram feitas buscas pelos sistemas Sisbajud, Renajud e Infojud, além de tentativas em outros endereços até que o Tribunal decidiu fazer a citação por edital.

“Como de praxe, o réu Marcelinho Carioca tem a expertise de ficar invisível. Não é encontrado para responder seus processos, ironizou a advogada Claudia Cristine Ferreira, que move a ação.

“O réu é afeito a fugir de suas responsabilidades, evitando as citações, esvaziando todas as possibilidades de ser encontrado, mesmo possuindo um Resort em Atibaia, cuja propriedade é anunciada nas redes sociais. Há 2 anos a ação tramita, mas não avança porque o réu, Marcelo, não é encontrado. Isso se dá pela folclórica ação no futebol, o que lhe dá prestígio em prejuízo daqueles que onerou, prejudicou, porque não conseguem citá-lo”, reclamou Claudia em outra ocasião.

Entenda o caso

O processo contra Marcelinho Carioca foi movida por Claudia Ferreira, que afirma que era advogada de Ronan Maria Pinto, ex-presidente da empresa que administrou o Santo André por seis anos, a Saged (Santo André Gestão Empresarial Desportiva Ltda.).

Ela diz que atendia os clientes do cartola e resolvia questões particulares e de terceiros ligados a ele, sem receber extra por isso.

Entre essas pessoas estava Marcelinho, que defendeu o Santo André no fim da carreira, de 2007 a 2009.

Marcelinho defendeu o Santo André no fim da carreira, de 2007 a 2009. Foto: divulgação

A mãe de Marcelinho, Sueli, na época, estava internada no Hospital do Câncer. Claudia alega que Ronan pediu para transferir a mãe do ex-jogador para o Hospital Sírio-Libanês.

Claudia, então, alega ter acompanhado a mãe de Marcelinho, assinando contratos médicos como avalista e bancando o atendimento emergencial.

Marcelinho estava em concentração e não podia acompanhar a mãe doente, segundo a advogada.

Ela, então, decidiu ir à Justiça alegando que arcou com as despesas do tratamento da mãe de Marcelinho e cobra R$ 123 mil do ex-jogador.

O que diz a defesa de Marcelinho Carioca?

Em resposta ao site UOL, o advogado Marlon Reis, que representa Marcelinho no processo, disse que o fato de o ex-jogador não ter sido citado foi uma falha do Judiciário. A defesa afirmou ainda que vai recorrer do processo.

“Apenas recentemente tomamos conhecimento da existência do processo mencionado. É importante ressaltar que o Marcelinho não foi citado no seu endereço atualizado, o que revela uma falha no procedimento de notificação que não lhe pode ser atribuída”, afirmou.

“No tocante ao mérito da ação, cumpre esclarecer que, conforme consta na própria petição inicial apresentada pela autora, Cláudia Ferreira, nenhuma responsabilidade pelas despesas a que ela se refere podem ser atribuídas a Marcelinho. Toda responsabilidade econômica pelo ocorrido recai exclusivamente sobre o Esporte Clube Santo André e seu então presidente, Ronan Maria Pinto”, continuou.

“Em nenhum momento o Marcelinho participou de qualquer negociação ou ajuste financeiro relacionado a este episódio, o que é afirmado na ação pela própria autora, sendo as decisões tomadas unicamente pela gestão do clube”, informou a defesa.

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