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A Justiça dos Estados Unidos considerou na última segunda-feira (5) que o Google é culpado por cometer práticas anticompetitivas para manter o monopólio no sistema de buscas da internet. A decisão pode gerar repercussões significativas para o futuro da empresa de tecnologia.

Em outubro de 2020, o Departamento de Justiça dos EUA e diversos estados americanos moveram um processo antitruste contra o Google. A acusação era de que a empresa manipularia resultados de busca e impunha contratos que obrigavam fabricantes a pré-instalar o mecanismo de busca em celulares.

Após examinar cuidadosamente depoimentos e evidências, o tribunal chegou a esta conclusão: o Google é um monopólio e age para manter esse monopólio. Os acordos de distribuição assinados pelo Google (…) impedem seus rivais de competir, decidiu o juiz distrital Amit Mehta, de Washington, em documentos acessados pela AFP.

A gigante da tecnologia deverá pagar uma multa. O valor a  ser pago, no entanto, ainda será determinado em uma nova audiência.

Monopólio do Google

A decisão é uma marco no combate ao poder das big techs e faz parte de um movimento que busca regularizar o setor.

Segundo a Justiça, o monopólio das buscas concede ao Google um poder enorme sobre quais informações são acessíveis às pessoa, quais dados são coletados para direcionar publicidade e como a privacidade é tratada. Isso tem implicações não apenas econômicas, mas também sociais e políticas.

A empresa também será obrigada a modificar as práticas de negócio e abrir espaço para a entrada de novos concorrentes no mercado, o que estimularia uma competição que melhoraria os serviços.

O desmembramento da Alphabet — empresa dona do Google — mudaria o cenário da publicidade mundial, devido a dominância do extensa da empresa.

Países da União Europeia, Canadá e Índia já preparam suas proprias investigações sobre a empresa.

“Nenhuma empresa está acima da lei, e o Departamento de Justiça continuará aplicando nossas leis contra as práticas contrárias à concorrência”, afirmou o procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland.

A Alphabet informou que a decisão “reconhece que a empresa apresenta o melhor motor de buscas”. “Mas conclui que não deveríamos ser autorizados a torná-lo facilmente disponível e, nestas condições, vamos apelar”, afirmou o o presidente de Assuntos Globais, Kent Walker.

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