Justiça do Rio de Janeiro determina que a Microsoft forneça todos os dados pessoais e cadastrais de internautas que publicaram notícias falsas sobre Marielle Franco (PSOL) logo após o assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes. A empresa tem 15 dias para responder. A informação é do jornal O Globo.
A 15ª Vara Cível determinou ainda que a Microsoft pode ser alvo de busca e apreensão das informações em caso de descumprimento e enquadrada em crime de desobediência, passível de multa diária.
Decisão é do juiz Luiz Otavio Barion Heckmaier, que acatou pedido de Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial e irmã de Marielle Franco, e da ex-companheira e vereadora Mônica Benício (PSOL).
Segundo elas, a Microsoft já foi oficiada três vezes para apresentar os dados dos internautas que compartilharam conteúdos falsos sobre Marielle Franco. A empresa, no entanto, resiste a cumprir o ofício.
O assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes ocorreu na noite de 14 de março de 2018. Logo após o crime, uma onda de fake news infestou as redes sociais, principalmente em perfis de extrema-direita.
Na última quarta-feira (10), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes terão “uma resposta final” até o fim de março.
“É um desafio que a PF assumiu no ano passado. Estamos há um ano à frente dessa investigação, de um crime que aconteceu há cinco anos, com a convicção de que ainda neste primeiro trimestre a Polícia Federal dará uma resposta final do caso Marielle”, garantiu Rodrigues.
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