Mario Jorge Lobo Zagallo, o Zagallo, uma das lendas do futebol brasileiro e mundial, morreu às 23h40 desta sexta-feira (5), aos 92 anos. Zagallo é a única pessoa a participar de quatro títulos da Copa do Mundo, como jogador (1958 e 1962), em 1970 como técnico, e em 1994 como coordenador técnico.
Em mundiais, ele também comando a Seleção em 1974 e 1998, quando, respectivamente, o Brasil com o quarto lugar e vice-campeonato. No ano de 2006, novamente Zagallo esteve na equipe brasileira, como coordenador.
Segundo o ge.com, a saúde de Zagallo já estava fragilizada há alguns anos. No ano passado, ele chegou a ficar internado 20 dias com infecção urinária. E depois do Natal, no dia 26 de dezembro, precisou novamente ser hospitalizado no Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro, e acabou morrendo nesta sexta com falência múltipla dos órgãos.
Luto de 7 dias da CBF
Reconduzido ao cargo por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, decretou luto de sete dias na instituição, em homenagem a Zagallo. Amigos, treinadores, jogadores e fãs de Zagallo também lamentaram a morte.
“A CBF e o futebol brasileiro lamentam a morte de uma das suas lendas, Mário Jorge Lobo Zagallo. A CBF presta solidariedade aos seus familiares e fãs neste momento de pesar pela partida deste ídolo do nosso futebol”, afirmou Ednaldo Rodrigues.
Início no futebol
Zagallo nasceu em Atalaia, município de Alagoas, a 48 quilômetros de Maceió. Quando ele tinha oito meses de vida, a família decidiu se mudar para o Rio de Janeiro. O pai dele, Aroldo Cardoso, que chegou a jogar pelo CRB, de Alagoas, preferia que caçula, ainda que habilidoso, estudasse. Ele só se convenceu do futuro no futebol após intervenção de Fernando, irmão de Zagallo.
Franzino, a verdade é que com a bola nos pés Zagallo não ganhava praticamente nenhuma dividida. Compensava a falta de massa muscular com velocidade, visão de jogo e inteligência. Depois de passar pelo América, fez história no Flamengo ao conquistar o tricampeonato carioca em 1953/54/55.
Com suas atuações no Rubro-Negro, passou a ocupar um lugar na Seleção brasileira e fez parte do time que ganhou a Copa de 1958, no Chile. Naquela competição, marcou um dos gols da goleada do Brasil sobre a Suécia por 5 a 2, na decisão do título.
Consagrado, Zagallo também jogou pelo Botafogo, do segundo semestre de 1958 a 1965. Dali, conquistou o bicampeonato mundial, ao lado de seus colegas de clube Didi, Nilton Santos, Amarildo e Garrincha, outras lendas do esporte.
Em 1970, mais um título de Copa do Mundo, como treinador do time dos sonhos que reunia Pelé, Clodoaldo, Tostão, Gerson, Jairzinho, Rivellino, Carlos Alberto Torres e outros craques. Com o respaldo da façanha no Mundial do México, continuou na equipe na Copa de 1974, na Alemanha, vencida pelos anfitriões em histórica decisão com a Holanda.
A trajetória como técnico já o qualificava como um dos melhores do mundo. Aos poucos, começou a ganhar todas as divididas fora de campo, em embates com outros treinadores, jornalistas e jogadores de nome. Esteve novamente no comando da Seleção brasileira no Mundial de 1998, e na Copa de 2006 trabalhou como auxiliar de Carlos Alberto Parreira.
Com informações da CBF
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