Por Tempo Real
O Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e a Polícia Civil cumprem, nesta quarta-feira (15), 14 mandados de prisão contra criminosos acusados de cobrar taxas mensais de traficantes em diversas comunidades do Rio. As investigações indicam que o esquema, conhecido como “caixinha”, movimentou cerca de R$ 21,5 milhões.
A operação, que faz parte da Torniquete, ocorre no Complexo do Alemão, Bangu, Jacarepaguá, Engenho da Rainha, Nova Iguaçu, Ramos, Copacabana, Cordovil, Santo Cristo e no Instituto Penal Vicente Piragibe, no Rio de Janeiro. Também há mandados sendo cumpridos nos estados da Bahia e Paraíba.
Os investigados são acusados de organização criminosa e lavagem de dinheiro, com mais de 4.800 operações financeiras ilegais. De acordo com as investigações, as taxas mensais eram cobradas de traficantes que controlam pontos de venda de drogas, garantindo acesso a armamentos, drogas, fornecedores e apoio logístico.
‘Caixinha’ colhia recursos para expandir facção
Os recursos arrecadados eram usados para expandir o domínio territorial da facção, pagar propinas, financiar a compra de armas e apoiar membros presos, além de estarem ligados a crimes como extorsões e roubos de cargas.
As investigações tiveram início em 21 de maio de 2019, com a prisão de Elton da Conceição, conhecido como “PQD da CDD”, na Cidade de Deus, em Jacarepaguá. Durante a prisão, foram apreendidas armas, munições e documentos que revelaram o esquema de lavagem de dinheiro operado pela facção.

Operação no RJ prende suspeitos de operar ‘caixinha’ do Comando Vermelho (Foto: Reprodução vídeo)
Entre os materiais apreendidos estavam comprovantes de depósitos bancários que ajudaram a rastrear as movimentações financeiras ilícitas.
A primeira fase da operação, iniciada em 2020, concentrou-se na identificação do fluxo financeiro da facção, resultando no indiciamento de 84 pessoas e na apreensão de documentos que detalhavam o funcionamento da “caixinha”, o fundo financeiro da organização.
Com base nas evidências, foram autorizadas quebras de sigilo fiscal e bancário, permitindo a análise das movimentações financeiras suspeitas. Essas investigações foram conduzidas pelo Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD).
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