Um estudo publicado na revista científica Proceedings of the Royal Society B revelou que fazer pausas de dez segundos durante as caminhadas é mais eficaz para queimar calorias do que percorrer o trajeto do início ao fim de forma ininterrupta.
Intitulado de “Move less, spend more: the metabolic demands of short walking bouts” (“Mova-se menos, gaste mais: as demandas metabólicas de caminhadas curtas”), o estudo monitorou dez voluntários durante a caminhada em uma esteira. As caminhadas eram feitas em três velocidades diferentes e com intervalos divididos entre três segundos a quatro minutos.
Pausas nas caminhadas

Caminhar com intervalos de dez a 30 segundos exigia 60% mais oxigênio do que cobrir a mesma distância sem parar
Os pesquisadores registraram o nível de oxigênio consumido por cada um dos participantes e as demandas metabólicas de cada intervalo. Caminhar com intervalos de dez a 30 segundos exigia 60% mais oxigênio do que cobrir a mesma distância sem parar.
De acordo com os pesquisadores, o corpo necessita de mais energia para se aquecer no início de cada caminhada e menos quando já estava em movimento. “Ao começar do repouso, uma quantidade significativa de oxigênio é consumida para começar a andar”, disse Francesco Luciano, pesquisador da Universidade de Milão, coordenador do estudo.
“Quando caminhamos por períodos mais curtos, usamos mais energia e consumimos mais oxigênio para cobrir a mesma distância. É como ter um carro que consome mais combustível durante os primeiros quilômetros do que depois”, explicou Francesco Luciano.
Agora, os pesquisadores querem que o estudo sirva para a programação de atividades físicas para pessoas com mobilidade limitada devido a lesões por derrame ou obesidade, levando a práticas mais inclusivas e eficazes.
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