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Pesquisadores testam spray nasal para o tratamento do Alzheimer

Testes na Universidade do Texas verificam eficácia do medicamento, desenvolvido para eliminar proteínas tóxicas
12/07/2024 | 05h00

Pesquisadores da Universidade do Texas publicaram no início deste mês os resultados experimentais de um estudo que utilizou spray nasal para o tratamento do Alzheimer. Segundo os autores, o medicamento foi desenvolvido para a eliminação de proteínas tóxicas dos neurônios de pacientes que sofrem com a doença. A pesquisa foi publicada na revista Science Translational Medicine.

De acordo com os cientistas, o spray ainda está em fase de testes e foi criado para reconhecer e destruir as proteínas tau. Durante o estudo, o medicamento foi borrifado no nariz de camundongos idosos com doenças cerebrais associadas à substância.

Para a aplicação, o medicamento foi envolvido em minúsculas bolhas e aplicado diretamente no nariz de roedores. Com o método, a medicação conseguiu contornar as barreiras hematoencefálicas e atingiram o local, no cérebro, onde estavam a proteína.

Os pesquisadores informaram que o medicamento conseguiu eliminar emaranhados da proteína e foi capaz de interromper a liberação das chamadas “sementes de tau”. Esta, de acordo com a pesquisa, pode viajar pelos neurônios para criar novos acúmulos em outras partes do cérebro.

Segundo os pesquisadores, os resultados demonstraram que uma única aplicação foi capaz de retirar a tau do cérebro dos animais doentes. O estudo mostrou ainda que, após duas semanas, os camundongos já registravam evolução nas funções cognitivas.

Pesquisadores investigam efeitos colaterais

Em entrevista ao Science Alert, o neurocientista Sagar Gaikand afirmou que as descobertas são promissoras, mas ainda é necessário fazer testes com o spray em humanos. O estudo ainda investiga potenciais efeitos colaterais do medicamento.

Por enquanto, os testes foram realizados apenas em cadáveres de pessoas que tinham Alzheimer e demência. Mas, segundo os resultados, o spray  também foi capaz de desfazer os nós da proteína tau e impedir que novas cepas se espalhassem em outras partes do cérebro.

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