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Polícia Civil de SP vai investigar grupo de Catanduva que gravou vídeo com saudação nazista

No vídeo, o grupo de homens repete um gesto, da mesma forma que o bilionário Elon Musk fez, com o braço para frente e a mão espalmada
29/01/2025 | 05h00

A Polícia Civil de São Paulo vai investigar um grupo de homens da cidade de Catanduva (SP) que aparece, em um vídeo publicado no Instagram, fazendo a saudação nazista ao som de “Amerika”, música do grupo alemão de metal Rammstein. Composto por 11 homens, o grupo é investigado por apologia ao crime.

No vídeo, o grupo de homens sorri e repete um gesto, da mesma forma que o bilionário Elon Musk fez na posse de Donald Trump, na segunda-feira (20), com o braço para frente e a mão espalmada. Essa era a saudação usada pelos nazistas na Alemanha sob Adolf Hitler.

Gesto de Elon Musk para apoiadores de Trump durante o desfile inaugural dentro da Capitol One Arena, em Washington, DC / ANGELA WEISS / AFP

A decisão de abrir a investigação foi tomada com base em um pedido do Ministério Público (MP). De acordo com o delegado Seccional de Catanduva, João Lafayette Sanches Fernandes, o promotor de Justiça Gilberto Ramos de Oliveira Junior recebeu ao menos quatro denúncias relacionadas ao vídeo. As imagens viralizaram nas redes sociais.

Vídeo

Na publicação do perfil de “humor” Catanduva Humorismo, que postou o vídeo inicialmente, houve uma enxurrada de críticas nos comentários.

Pelos perfis de Instagram marcados no vídeo é possível saber que Jussemar Roces, que aparece no vídeo sentado entre dois outros, é pediatra. A seu lado, vestindo camisa da banda Kiss, está Dennis Olivio, que é publicitário e se autointitula “mentor de médicos”. Outros participantes do grupo apagaram o perfil ou trancaram a conta no Instagram.

Grupo

No último sábado (25), o grupo de homens divulgou um comunicado pedindo desculpas pelo vídeo. Eles afirmam que não fizeram apologia ao nazismo, e teriam “apenas” imitado gestos do bilionário estadunidense Elon Musk. “O episódio ocorreu em um ambiente privado. Um dos presentes ao encontro, porém, publicou uma fração do vídeo sem áudio em uma rede social, de modo que o conteúdo viralizou. Ao se dar conta do equívoco, a pessoa logo excluiu a publicação”, diz a nota.

“Não possuímos e nunca tivemos qualquer tipo de militância política, ideológica ou partidária. Diferentemente do que estamos sendo taxados por conta do vídeo, não temos e jamais tivemos qualquer relação com grupos ou ideologias extremistas e supremacistas”, dizem.

 

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