(Folhapress) — A Polícia Civil do Rio de Janeiro estourou na quinta-feira (6) um local conhecido como “escritório”, onde integrantes do Comando Vermelho se reuniam para planejar roubos de cargas e revendas dos itens.
Integrante do grupo que foi preso entregou endereço. Um membro do Comando Vermelho detido pelos agentes relatou a existência do “escritório” e a sua localização, o que permitiu a entrada dos policiais.
Espaço continha computadores com informações sobre os roubos.
Polícia encontrou armas e bloqueadores de GPS
Segundo agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), nesse “escritório”, a facção armazenava aparelhos com dados de funcionários que facilitavam os furtos e das pessoas que recebiam a carga. Também foram encontradas armas e bloqueadores de sinal de GPS.
Além do endereço na favela da Maré, os policiais cumprem, na quinta-feira (6), mais de 70 mandados de busca e apreensão no estado, na Baixada Fluminense e nas comunidades Nova Holanda e Parque União. Outros estados, como Ceará, Bahia e Santa Catarina também integram a operação.

A polícia civil cumpre mandados de busca e apreensão na favela da Maré (acima), na Baixada Fluminense e nas comunidades Nova Holanda e Parque União (Foto: Brasil de Fato)
Em janeiro, 12 foram presos e três morreram. Em ação para cumprir 14 mandados de prisão nas comunidades do Alemão e da Penha, 12 suspeitos foram presos e três mortos após troca de tiros. No mesmo dia, os traficantes montaram barricadas para impedir a passagem dos agentes e um caveirão da polícia.
Operação que começou em 2019 já prendeu mais de 360 pessoas e descobriu empresas de fachada usadas para lavar o dinheiro obtido com a venda dos produtos roubados. Segundo dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a facção movimentou R$ 18 milhões com as atividades entre 2022 e 2023.
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