Deputados do PSOL protocolaram nesta segunda-feira (13) uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra sete colegas da Câmara. Os parlamentares são acusados de disseminação de notícias falsas sobre a catástrofe do Rio Grande do Sul.
Os alvos da representação são cinco são deputados federais do PL, partido de Jair Bolsonaro: Filipe Martins (TO), Gilvan da Federal (ES), Paulo Bilynskyj (SP), Caroline de Toni (SC) e General Girão (RN). Os outros dois pertencem ao União Brasil — Coronel Assis (MT) e Coronel Ulysses (AC).
De acordo com a jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, os parlamentares do PSOL pedem que os sete deputados federais sejam denunciados pela PGR e processados por crimes relacionados à vida e à saúde da população atingida.
PSOL denuncia crimes
Os deputados do PSOL também pedem que a PGR processe os sete parlamentares por crimes contra a honra de autoridades e agentes públicos, além de omissão de socorro, calúnia e difamação.
“Os deputados Felipe Martins, Coronel Assis, Gilvan da Federal e a deputada Carolina de Toni usaram seu tempo de fala no plenário para reproduzir desinformação sobre o transporte terrestre de doações para o Estado do Rio Grande do Sul […] prejudicando o fluxo da necessária ajuda humanitária que provém dessas doações, já que confundem e trazem insegurança no momento em que a população do estado mais precisa”, diz a representação.
Entre os alvos da representação do PSOL está o deputado Paulo Bilynskyj. Foto: Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados
O pedido aponta que em sessão realizada no dia 8 de maio, o deputado Paulo Bilynskyj afirmou que uma clínica médica que atendia pessoas gratuitamente tinha sido fechada pela Vigilância Sanitária, por causa da calamidade pública.
Segundo os parlamentares do PSOL, Paulo Bilynskyj não disse em qual cidade o fato teria acontecido e informam que a Vigilância Sanitária negou a informação.
A representação destaca ainda outras fake news disseminadas na sessão do dia 8. Entre elas, uma fala da ministra do Planejamento, Simone Tebet, que teria sido descontextualizada e explorada pelos deputados Paulo Bilynskyj, Caroline de Toni, Coronel Ulysses e General Girão.
A ação foi proposta pela deputada federal gaúcha Fernanda Melchionna, com os colegas de partido Sâmia Bomfim, Luciene Cavalcanti, Tarcísio Motta, Luiza Erundina, Talíria Petrone, Tulio Gadelha, Erika Hilton, Chico Alencar e pastor Henrique Vieira.
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